Algar Telecom registra aumento do lucro líquido em 2019
A Algar Telecom divulgou hoje, 17, os resultados financeiros do ano de 2019. A operadora mineira, com foco cada vez maior em B2B, obteve lucro líquido de R$ 303,2 milhões, alta de 13,8%.
O resultado contou com acréscimos não recorrentes, como ganhos em créditos fiscais devido à decisão de do STF de isentar do cálculo de ICMS as contribuições de PIS/Cofins das empresas. Desconsiderando os fatos não recorrentes, a operadora registrou diminuição de 4,6% no lucro líquido, que somou R$ 205,4 milhões.
A companhia reportou ainda aumento de 5,7% da receita líquida em relação a 2018, totalizando R$ 2,12 bilhões. O EBITDA, lucro antes de impostos, depreciações e amortizações, subiu 4,9%, para R$ 886,4 milhões. O Capex da empresa foi elevado em 11,3%, para R$ 754,6 milhões no ano.
Baixa contábil
A Algar lembra que decidiu parar de vender serviços próprios de TV por assinatura. Por este motivo deu baixa contábil de R$ 64,7 milhões no balanço, considerando que os ativos no segmento são irrecuperáveis. A tele reforçou que em dezembro passou a trabalhar com a Sky, de quem vai distribuir os serviços de TV por satélite (DTH) em parceria.
B2B
Mas, se a companhia encolheu na TV a ponto de desistir do segmento, manteve o crescimento no B2B e no B2C. O número de clientes corporativos cresceu 23,3% em 2019, sobre 2018, a maior evolução nos últimos cinco anos.
A receita do segmento já representa 59% (R$ 1,66 bilhão) do total da Algar Telecom. Os clientes estão espalhados por 354 cidades, em 16 estados e DF.
B2c
No varejo, a empresa chegou à marca de 57,7% dos clientes utilizando fibra óptica. A rede de acesso já tem 69% das casas aptas a assinarem serviços da Algar baseados em fibra. Terminou o ano com 569 mil acessos em banda larga (alta de 4,6%), 708 mil em telefonia fixa (queda de 0,8%), 1,6 milhão em telefonia móvel (alta de 7,3%), e 68 mil em TV por assinatura (queda de 7,4%).
A receita no varejo caiu 2%, no entanto, para R$ 1,14 bilhão. O desempenho da banda larga foi melhor, com aumento de 9,7% da receita, para R$ 568,2 milhões, o que inclui banda larga fixa e móvel. Na voz fixa e móvel, houve tombo de 21%, para R$ 322,7 milhões em 2019.
Dívida
O endividamento líquido da tele aumentou 38,4% no período, em razão da emissão de debêntures que financiaram a expansão das redes. Somada à acréscimos contábeis em função da adoção do padrão IFRS-16, a dívida da companhia subiu para R$ 2,63 bilhões.
A companhia diz que o valor é compatível com o atual caixa, de R$ 424,4 milhões, e as dívidas que vencem no curto prazo. Neste ano, a empresa terá de amortizar R$ 44,9 milhões. O valor passa acima de R$ 400 milhões em dois anos.