Alares recebe sinal verde do Cade para comprar a Azza Telecom

Compra da Azza Telecom pela Alares não resultará em concentração de mercado, conclui a Superintendência-Geral do Cade

(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O Cade publicou hoje, 29, a decisão na qual autoriza a Alares a comprar integralmente o provedor de internet Azza Telecom por R$ 188 milhões. As empresas pediram aval do xerife concorrencial brasileiro há menos de duas semanas.

A tramitação do caso se deu em rito sumário, uma vez que o negócio não resulta concentração inferior a 20% do mercado de banda larga fixa nas cidades em que ambas as empresas atuam. Conforme a análise do Cade, com base em números da Anatel, Sorocaba seria a cidade com maior concentração, e ali a fusão resultará em uma empresa com 5,67% de market share.

O órgão também avaliou a posição da empresa resultante da compra no segmento atacadista de transmissão de dados. Chegou a conclusão semelhante, que juntas, não passam de 30% de participação nas cidades onde existe alguma sobreposição de ativos.

A superintendência-geral do Cade Conclui observando que, diante desses fatos e do “robusto arcabouço regulatório no setor de telecomunicações”, “a possibilidade de fechamento de mercado ou discriminação entre agentes “por parte das Requerentes, no cenário pós-Operação, pode ser considerada como improvável”.

A Anatel também está analisando o negócio e deverá dizer se há limitações regulatórias.

A Azza é operadora regional de banda larga fixa, com atuação em 48 cidades do estado de São Paulo. Também comercializa e-books, cursos de bolso, telemedicina, clube de vantagens, streamings de filmes e séries, e telefonia fixa.

A Alares, por sua vez, comercializa banda larga e link dedicado, serviços de TV por assinatura, telefonia fixa e serviços de valor agregado em 180 cidades de São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e Paraná.

Com a aquisição, a Alares atinge carteira de 317 mil assinantes residenciais e empresariais, o que a coloca à frente da TIM no competitivo mercado de São Paulo, mas atrás de Claro (4,47 milhões), Vivo (4,39 milhões), Desktop (1 milhão), Alloha Fibra (390 mil) e Vero (370 mil).

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Rafael Bucco

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