Acionistas decidem processar diretoria e indicam novo CEO para a Oi

Pharol, Société Mondiale e minoritários indicam novos nomes para a diretoria da Oi, sob alegação de que executivos com processo não podem ocupar cargos de comando na tele.

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Parte dos acionistas da Oi se reuniram hoje, 7, no Rio de Janeiro, atendendo à convocação realizada pela Pharol. Os acionista tentaram realizar o encontro na sede da Oi, mas foram impedidos pelos seguranças. De lá, rumaram para um hotel próximo para votar os temas da pauta, que incluíam cláusulas da recuperação judicial.

Estavam presentes 35 acionistas, que representam 34% do capital social da operadora. Por falta de parcela maior do capital social, no entanto, a reunião se restringiu a dois temas: a abertura de processo de responsabilidade contra a diretoria atual da Oi, incluindo o CEO Eurico Teles e o CFO Carlos Brandão, e a indicação de uma nova diretoria.

A assembleia terminou com decisão de abertura de um processo cível contra Teles e Brandão, com 99% de aceitação dos participantes, por terem negociado ativos da empresa à revelia dos acionistas. Como os diretores não podem ter processos para ocupar os cargos, os acionistas também indicaram Pedro Leitão, ex-conselheiro da Pharol, para substituir Teles na cadeira de CEO, e Thomaz Reichenheim, ex-integrante do conselho da própria Oi, para ocupar o cargo de CFO, e Leo Simpson para ser diretor jurídico.

Entre os acionistas presentes estavam Pharol, Société Mondiale, Associação dos Investidores Minoritários e o BNDES – este se absteve de votar.

Oi e acionistas, especialmente Pharol, estão em franca disputa sobre os rumos da companhia. A Pharol defende que a recuperação judicial aprovada por credores em dezembro tem cláusulas que violam a Lei das S.A. e o estatuto social da companhia. A diretoria da Oi, por sua vez, tem respaldo da corte na qual corre o processo de RJ.

A Pharol afirma que vai usar de “todas as medidas” a seu alcance para garantir que a decisão da AGE de hoje seja implementada.

A Oi, por sua vez, contesta a AGE realizada e se apoia em nova decisão judicial, publicada hoje.

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Rafael Bucco

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