Acesso a vídeo, música e podcast por streaming avança no Brasil
A proporção de brasileiros que tem consumido conteúdos em vídeo pela internet segue em crescimento. Segundo a pesquisa TIC Domicílios, divulgada nesta quinta-feira, 16, pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), 64% da população assistiu a vídeos, programas, filmes e séries transmitidos via banda larga neste ano.
A taxa representa um avanço de três pontos percentuais em relação a 2021 (61%) e de oito pontos na comparação com 2019 (56%).
O streaming de vídeos é um dos principais argumentos de operadoras e de provedores de serviços de internet (ISPs) em busca de uma taxa para plataformas digitais, em razão da pressão que o tráfego de dados exerce sobre as redes de telecomunicações.
A pesquisa indica que, neste ano, 61% da população acessou sites ou aplicativos de compartilhamentos de vídeos, como YouTube e Vimeo.
No recorte por tipo de plataforma de acesso, o levantamento indica que serviços por assinatura – como Netflix, Prime Video, Globoplay e outros – alcançam 45% dos brasileiros, tendo crescido sete pontos percentuais em dois anos – ficava em 38% em 2021.
Ainda assim, o dado mostra que o consumo em plataformas pagas ainda fica atrás de sites ou aplicativos de compartilhamento de vídeos (54%), redes sociais (51%) e aplicativos de mensagens instantâneas (48%), como o WhatsApp.
Áudio
O hábito de ouvir música e podcasts pela internet também tem se propagado pela população brasileira. Segundo a pesquisa, 65% das pessoas ouvem música pela web, alta de quatro pontos percentuais em relação a 2021 (61%).
O consumo de podcast teve um crescimento ainda mais expressivo. A atividade avançou sete pontos percentuais entre 2021 (22%) e 2023 (29%). Neste caso, nota-se uma diferença grande entre produções nacionais, consumidas por 29% da população, e estrangeiras, acessadas por 7% dos brasileiros.
O levantamento ainda mostra que serviços por assinatura, como Spotify, Deezer e Amazon Music, são utilizados por 28% da população, taxa superior ao acesso a sites ou aplicativos de emissoras de rádio (13%).