Abreu, da Oi, admite vender unidade móvel caso “gere valor”

Executivo diz que plano estratégico traz múltiplas alternativas e que a sustentabilidade do grupo não depende da venda do segmento móvel.

O integrante do conselho de administração da Oi e futuro CEO, Rodrigo Abreu, afirmou hoje, 16, em conferência com analistas financeiros, que a empresa não descarta a venda da unidade de telefonia móvel caso seja rentável para o grupo e gere valor aos acionistas.

“Se oportunidades não orgânicas aparecerem e gerarem valor, vamos analisá-las. Há múltiplos modos sustentáveis [no plano estratégico]. Se algo surgir, vamos olhar para isso, claro, mas isso não define nossa sustentabilidade”, afirmou.

No momento, diz Abreu, a trajetória da área é positiva e indica recuperação. “O móvel é importante porque temos ativos valiosos, base de usuários, espectro, performance no pós-pago”, disse.

Com ou sem compradores para a unidade móvel, ele diz que a Oi vai manter os investimentos e buscar crescer no segmento, especialmente no pós-pago. “Nosso plano é maximizar a captura de valor”.

A companhia estuda comprar o espectro de 700 MHz que será licitado pela Anatel em 2020 e entrar no leilão por frequências 5G. “Estamos considerando participar dos dois. Vai depender de como a implantação está acontecendo, mas estamos analisando. Qualquer coisa que gere valor, vamos considerar”, disse Abreu.

A seu ver, o plano apresentado hoje já é suficiente para garantir o crescimento da companhia, o retorno à geração de caixa e a expansão do EBITDA.

Conforme o material, o foco da empresa passa a ser a expansão da rede de acesso em fibra óptica, crescimento no atacado com redes de transporte, redução de custos e a venda de outros ativos – entre torres, participação acionária na operadora Angolana Unitel, e imóveis. No móvel, a estratégia é acelerar o refarming da frequência de 1,8 GHz para melhorar a qualidade das redes LTE (4G).

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Rafael Bucco

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