Abinee vai propor política nacional para setor eletroeletrônico a candidatos

Entidade vai elaborar um plano que aborde o desenvolvimento estratégico dos segmentos de internet das coisas e indústria 4.0. Ideia é rever tributação, especialmente nas exportações, defender Lei de Informática e Padis.

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A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) pretende elaborar um projeto de política nacional para o setor eletroeletrônico. O material será produzido até março de 2018, quando a entidade quer entregá-lo aos candidatos à presidência. O objetivo, conforme Humberto Barbato, presidente executivo, é mobilizar o setor público para atuar em questões chave, como políticas fiscais e relações exteriores.

“Temos que redesenhar as políticas para o setor. Contratamos um consultor e estamos falando com CEOs das nossas empresas associadas para apresentar esta política aos candidatos e também ao governo em final de mandato. Vamos fazer uma nova proposta em função da realidade de IoT e indústria 4.0”, falou, durante evento realizado nesta sexta-feira, 7, a jornalistas.

A pauta dessa política ainda vai ser elaborada, mas Barbato já sabe que será inevitável abordar questões como a reformulação da Lei de Informática para além da MP assinada hoje por Michel Temer. “Estamos fazendo uma revisão dela. Novas propostas para ela. Outro tema é política industrial, para o setor como um todo”, afirma.

Barbato diz que é importante trabalhar não só a política interna, como também a pauta exterior. O executivo teme a pressão da União Europeia, que contesta da Lei de Informática e o Padis na Organização Mundial do Comércio. O setor de semicondutores, por exemplo, tende a sumir caso a disputa termine com derrota brasileira. “Futuro da indústria de semicondutores depende de, junto com o governo, reescrevermos o Padis”, resumiu Barbato.

Irineu Gouvêa, presidente do conselho do Abinee, destaca ainda a necessidade de rever a tributação sobre os produtos exportados. “Temos problemas sérios, nossa política de exportar tributos é inconcebível. Agora temos estados querendo reativar ICMS para exportações”, afirma.

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Rafael Bucco

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