A nuvem exige responsabilidade compartilhada pela segurança
Muitas são as opções de serviços em nuvem atualmente: multicloud, private cloud, public cloud, edge cloud, telco cloud ou até metacloud. Mas, para todos os casos, alertaram executivos do setor, a segurança dos dados deve ser encarada como de responsabilidade compartilhada entre o cliente e o fornecedor da solução.
” Os protocolos de segurança devem ser seguidos por todos”, assinalou Diuliana Campos, diretora de Serviços Cloud B2B da Embratel, em painel do Futurecom 2023. ” Ninguém nunca pode sentir que está em zona de conforto e relaxar nos quesitos da segurança”, completou Edson Stein, executivo de contas especialista em telecom da VMWare. Fernando Penna, da Huawei Cloud, por sua vez, disse que a segurança dos dados em nuvem é preocupação número 1 da empresa. E citou o exemplo da China, onde o maior banco comercial de lá já conta com 500 milhões de correntistas, o que é mais do que o dobro da população brasileira, tornando o tratamento dos dados seguros em um exemplo diário. “Não por acaso as empresas de nuvem pública investem bilhões anualmente para assegurar inovação, mas também muita segurança ao dado”, disse o executivo.
Segundo Marlisio Campos, diretor da Deloitte, em 2020, a capacidade de processamento da nuvem já tinha superado a dos datacenters tradicionais e, em dez anos, a projeção é que 80% dos dados estejam na nuvem e 20% no modelo tradicional.
Os painelistas concordaram que, ao se levar o tratamento de dados para as pontas através da edge cloud, os riscos e a complexidade na gestão desses dados também aumentam bastante, mas a ampliação da edge cloud, avaliam, é irreversível, por demanda do próprio mercado. E, para oferecer mais ferramentas para que o cliente consiga administrar tantas opções, a Embratel, disse Diuliana, está implementando a MetaCloud, plataforma de “orquestração” dos diferentes ambientes.