5G: Telefônica quer mais valor para cliente
O diretor de Serviços Digitais e Inovação da Telefônica Brasil, Rodrigo Gruner, disse nesta quarta-feira, 7, que a operadora já faz parcerias com plataformas digitais, de forma a tirar valor para seus clientes, o que mostra a alteração da visão da operadora. Também têm aumentado a interação com startups, que vem gerando novos produtos, afirmou o executivo durante sua participação no VI Workshop de Competição da Anatel.
“O foco é gerar valor para o nosso cliente”, afirma. Por isso, disse que a operadora tem examinado novos modelos de negócios da economia digital com a vinda do 5G, mas sabe que outros podem surgir. “Cada vez mais temos certeza de que para atender melhor nossos clientes precisamos de parcerias, desde que façam sentido”, afirmou.
“Independentemente das discussões que existem e vão continuar existindo sobre regulação das OTTs e bigtechs que vêm acontecendo, o fato é que existe uma demanda, um interesse muito grande em parcerias para oferecer serviços melhores para os nossos clientes”, disse Gruner. Ele disse que cada vez mais há uma aproximação do mundo digital com as operadoras em modelos de colaboração e cooperação para atender aquilo que o cliente busca.
Huawei
O diretor de Soluções Integradas da Huawei do Brasil, Carlos Roseiro, por sua vez, disse no Workshop que a tecnologia permite muita inovação e com o 5G isso será acelerado. Segundo ele, a nova tecnologia tende a verticalizar os serviços e modelos de negócios. “Nós vamos ver cada vez mais modelos de negócios definidos seja para corporações, residências e consumidores”, afirma.
Roseiro disse que na Coreia, onde foi implantada a primeira rede 5G, o modelo de negócio foi dedicado ao consumo, com pacotes de dados muito maiores, mais velocidade e ganhando um pouco mais de dinheiro por isso. Na Finlândia, a opção foi por velocidades diferentes, o que torna a rede mais eficiente. E na China, além de combinar quantidades de dados e velocidades diferentes, foi acrescida da latência maior ou menor, favorecendo a eficiência da monetização.
Para Roseiro, a tecnologia permite experiências diferenciadas, dar prioridades no momento que o cliente quiser, o que fará nascer vários modelos de negócios também no Brasil, como o SMP ser usado para internet fixa. Ainda terá possibilidade de entregar para as empresas o que elas necessitam, disse.