5G é nova oportunidade para rentabilizar o setor, diz Ericsson
O setor de telecomunicações investiu muito nos últimos anos, mas gerou pouca rentabilidade para os acionistas e esse quadro tende a se reverter com a chegada do 5G. “A monetização dos serviços prestados com a tecnologia é uma nova oportunidade de mudar essa escrita”, afirmou o CEO da Ericsson, Rodrigo Dienstmann, durante painel sobre 5G, na Futurecom, nesta quarta-feira, 19.
O consenso entre os painelistas é de que os serviços prestados para a indústria (B2B) é que trarão mais rentabilidade ao negócio. Porém, há ainda uma indefinição sobre os casos de usos que poderão monetizar a nova tecnologia.
Para o diretor de Marketing da Embratel, Alexandre Gomes, a implantação das redes ainda está no início e há poucos projetos de redes privativas rodando, por isso defende a experimentação de modelos de uso. “Nosso papel é estar ao lado do cliente”, disse.
A diretora de Operações Comerciais B2B da Vivo, Débora Bortolasi, prevê a evolução de serviços de saúde, educação, carros autônomos. “Criar especialização em determinadas verticais também é uma forma de monetizar o 5G”, disse.
O diretor de Soluções Integradas da Huawei, Carlos Alberto Roseiro, afirma que a implantação das redes 5G está sendo adiantada pelas operadoras e já existem capitais com 60% de cobertura. E o Divisional President da AmDocs, Clayton Cruz, disse que a baixa latência e a qualidade do 5G são potenciais a serem explorados.
O sócio de Tecnologia e Telecomunicações da Deloitte Brasil, Matheus Rodrigues, sugere o mercado de games e financeiro como parceiros das operadoras. “São mercados em franca expansão”, afirma.
E o diretor de Tecnologia da Nokia, Wilson Cardoso, defende que a tecnologia seja usada para a descarbonização por meio do FWA. “O fator verde é fundamental para a indústria de telecomunicações”, afirmou.
A Futurecom está sendo realizada na SP Expo até esta quinta-feira, 20.