5% das estações móveis ligadas no Brasil são de 5G “puro”

A partir de quinta, 6, as cidades de Manaus (AM), Belém (PA), Macapá (AP), Rio Branco (AC), Porto Velho (RO) vão ter o sinal liberado para uso das operadoras. Em 2023, começa a conexão de cidades além das capitais.

(Crédito: Freepik)

Com a ativação do 5G em mais cinco capitais no dia 6, o Brasil passa a marca de 5% de suas estações radiobase com a nova tecnologia, afirmou o superintendente de outorga e recursos à prestação da Anatel, Vinicius Caram na manhã de hoje, 4.

Nesta terça, o Gaispi, grupo que supervisiona a chegada do 5G ao Brasil, referendou a proposta de liberar o sinal de 3,5 GHz nas cidades de Manaus (AM), Belém (PA), Macapá (AP), Rio Branco (AC), Porto Velho (RO).

As operadoras terão até 28 de novembro, quando vence a obrigação editalícia, para ativar o serviço. Mas até hoje, Claro, TIM e Vivo ligaram o 5G na faixa no mesmo dia em que esta foi disponibilizada pela Anatel.

Conforme a regra do edital, as operadoras têm a obrigação de ligar no mínimo 1 estação radiobase para cada 100 mil habitantes. Significa que deverão ter, somadas, no mínimo 57 estações de 5G ativadas em Belém, 18 em Macapá, 84 em Manaus, 21 em Porto Velho e 15 em Rio Branco.

Até o momento, foram ativadas 5.275 estações 5G standalone nas capitais brasileiras, o dobro do mínimo estabelecido. Este total representa 5,6% das 93.159 estações do serviço móvel, de todas as tecnologias, ativadas no país.

“As capitais representam 24% da população brasileira. Ou seja, mais de 50 milhões de usuários podem se beneficiar do 5G puro”, observou Caram. Até 2025 devem ser instaladas nas capitais, pelas três proponentes vencedoras dos lotes nacionais, 6.370 estações 5G.

Nova fase

Com a liberação de todas as capitais, a implantação do 5G puro no Brasil entra em nova fase a partir de 1º de janeiro. A partir de então, as operadoras poderão ligar suas antenas em cidades com mais de 500 mil habitantes.

Há no Gaispi debate para permitir a ativação em cidades com população menor, desde que em região metropolitana. “Essa questão pode ser trazida na próxima reunião do Gaispi, dia 11 de outubro”, observou o vice-presidente da Anatel, Moisés Moreira.

Moisés afirmou que também deve ser decidida na próxima reunião os prazos mínimos das campanhas de comunicação que alertam para inscritos no Cadastro Único solicitarem suas parabólicas digitais gratuitas.

“Hoje essa comunicação é feita por 90 dias, esse período pode mudar, vamos avaliar. Mas os beneficiários poderão receber os kits de parabólicas mesmo após o fim das campanhas”, completou Moreira.

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Rafael Bucco

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