5.5G terá velocidade de 10 Gbps e IA nativa, projeta Huawei

Companhia estima que versão aperfeiçoada do 5G permita a interação em tempo real em 3D e o uso de realidade virtual de forma profissional; em congresso no qual celebra 25 anos de atuação no País, CEO pede aceleração da transformação digital no Brasil
Huawei estima que 5.5G permita downloads com velocidade de 10 Gbps
Sun Baocheng, CEO da Huawei no Brasil; 10 Gbps devem ser alcançados pelo 5.5G (crédito: Reprodução)

O 5.5G, tecnologia móvel de meio de geração entre a atual (5G) e a próxima (6G), deve viabilizar velocidades de download de 10 Gbps, aumentando a capacidade das redes de internet em aproximadamente dez vezes, projeta a Huawei. Além disso, uploads poderão ser realizados a taxas de 1 Gbps.

Tudo isso deve ser alcançado com o uso de Inteligência Artificial (IA) e pela incorporação da fibra óptica para criação de redes fixas baseadas na quinta geração móvel (F5.5G).

“Com tudo baseado em IA, teremos uma inteligência nativa, caminhando para o mundo inteligente”, destacou Sun Baocheng, CEO da Huawei do Brasil, nesta terça-feira, 5, em Brasília, durante congresso no qual a companhia celebra os 25 anos de atuação no País.

Conforme a projeção apresentada pelo executivo, nos próximos anos, o mundo deve ampliar a adoção de tecnologias como fibra óptica, IPv6, IA e nuvem, além de migrar para uma economia de energia limpa. Nessa esteira, o 5.5G deve chegar para permitir a construção de uma economia digital próspera.

Entre os casos de uso, Baocheng sinalizou que a versão aperfeiçoada da quinta geração móvel terá como vitrine a realidade virtual profissional (XR Pro) e a interação em tempo real em 3D.

“Esperamos, assim, que possamos criar, por volta de 2030, uma economia digital próspera de US$ 30 trilhões. Essa é a visão da Huawei para o futuro”, pontuou.

25 anos de Brasil

A Huawei chegou ao Brasil em 1998, ano em que o sistema Telebrás foi privatizado. Os serviços de telecomunicações da marca alcançam 95% da população brasileira, segundo a empresa.

Desde 2009, a companhia já investiu mais de R$ 500 milhões no País, sendo 50% em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e 50% no setor produtivo. Atualmente, emprega cerca de 1 mil trabalhadores, além de gerar aproximadamente 16 mil empregos indiretos.

“Para que o Brasil acelere a transformação digital, precisamos que todos os parceiros atuem juntos”, disse Baocheng. “Precisamos levar o 5G à agricultura, logística e manufatura”, acrescentou

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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