TIM pretende conectar backhaul com satélite da Yahsat
A TIM e a Yahsat, operadora de satélites sediada nos Emirados Árabes Unidos, anunciaram hoje um acordo, não definitivo, para fornecer conexão via satélite ao backhaul da operadora. Pelo entendimento, o projeto prevê uso da banda Ka da Yahsat já no início em 2017.
O objetivo da TIM é aproveitar a maior eficiência espectral e a relevante redução de custos para viabilização de cobertura 3G e 4G com conexões de alta velocidade via satélite. A capacidade em banda Ka da Yahsat será provida por seu terceiro satélite, o AI Yah 3, e cobrirá mais de 95% da população brasileira.
“A TIM está buscando, de forma rentável e eficiente, atender regiões com escassez de infraestrutura de telecomunicações, universalizando a oferta de dados no interior do país”, afirma Marcelo Duarte, diretor de wholesale (atacado) da operadora. “Estamos discutindo com a Yahsat o uso da banda Ka no Brasil para backhaul e confiantes na plataforma técnica e operacional da companhia para atender nossa demanda futura”, afirmou. Segundo ele, casos de uso da conexão por satélite da Yahsat em regiões chuvosas da Nigéria mostram viabilidade da solução.
Márcio Tiago, country director da Yahsat para o Brasil, acrescenta que a tecnologia da Yahsat é atrativa atrativa para uso em backhaul graças “à presença de dois gateways – separados geograficamente no país – o que oferece uma redundância completa para garantir a continuidade dos serviços mesmo em situações de chuvas intensas ou caso sejam necessárias manutenções”, diz.
O primeiro satélite da Yahsat, o Y1A, foi lançado com sucesso em abril de 2011, e o segundo satélite da empresa, o Y1B, foi lançado com sucesso em abril de 2012. A Yahsat anunciou a fabricação de seu terceiro satélite, o Al Yah 3, cuja entrega está prevista para o quarto trimestre de 2016, e lançamento em janeiro de 2017. Este satélite irá expandir a cobertura de banda Ka da Yahsat para o Brasil e ampliá-la na África, para mais 17 países. Quando começar a funcionar, vai cobrir 60% da população africana e mais de 95% da brasileira.