Setor de satélites cresceu 3% no mundo em 2017
A receita das empresas que trabalham na cadeia de telecomunicações via satélite cresceu 3% em 2017, frente a 2016. Ao todo, faturaram US$ 268,6 bilhões. Os dados fazem parte de relatório divulgado pela Satellite Industry Association, organização que representa operadoras e fabricantes do setor em todo o mundo.
O relatório, elaborado pela consultoria Bryce Space and Technology. Mostra que a maior parte das receitas vêm da prestação de serviço oferecida pelas operadoras. Isso representou receitas de US$ 127,7 bilhões em 2017. O valor teve 1% de expansão frente a 2016. Foi a menos aumentou.
Os números excluem investimentos de programas espaciais ou de turismo espacial. Se considerados, o movimento do mercado satelital alcançaria US$ 348 bilhões no ano passado.
Segmentos
A construção e manutenção de equipamentos em terra foi responsável por US$ 119,8 bilhões da receita total do setor. Uma evolução de 5,6% ano a ano. Este segmento inclui dispositivos, VSats, gateways, dispositivos GNSS (de navegação por satélite), além de equipamentos de rede.
A indústria de construção de satélite faturou US$ 15,5 bilhões, 10% mais que em 2016. Enquanto a de lançamentos, US$ 4,6 bilhões, 16% a menos.
Conforme a SIA, a receita das fabricantes cresceu devido a aumento da demanda por novos satélites, embora os pedidos ainda não tenham sido entregues.
Já os ganhos das lançadoras caíram mesmo havendo número equivalente de lançamentos. O motivo foi a redução dos custos de colocação dos satélites em órbita graças ao barateamento dos foguetes.
O material indica que a maioria (49%) dos artefatos construídos foram destinados a serviços de observação terrestre, como GPS. Apenas 18% dos satélites foram destinados às telecomunicações. Meteorologia, vigilância e comunicações militares, P&D, são outros nichos para os quais os equipamentos foram destinados.
Já os serviços se concentram ainda em televisão. Cerca de US$ 97 bilhões das receitas das operadoras satelitais vieram da entrega de conteúdo em vídeo. O segundo serviço mais contratado foi de backhaul para redes de telecomunicações, que faturou US$ 17,9 bilhões. O mercado mundial de banda larga por satélite movimentou US$ 2,1 bilhões.