Presidente da Ancine quer novo marco regulatório, diz que Agência não é ‘um mero cartório’
“Tenho falado com o (Carlos) Baigorri (presidente da Anatel). O Estado precisa entender que não estamos atualizados. Precisamos reconhecer a limitação atual do Estado para, daí, criar um processo de discussão. E esse processo deve começar no início do ano que vem”, contou o presidente da Ancine, sobre a intenção de que se tenha um novo marco regulatório para o Serviço de Acesso Condicionado (SeAC).
Nesta quarta, 3, os dois órgãos anunciaram acordo de combate à pirataria.
O presidente da Agência Nacional do Cinema afirmou que a entidade tem simpatia ao modelo socioeconômico sul-coreano, “que trata entretenimento e cultura como um ativo”. Disse que o plano de ação para investimento, que está em curso, é voltado à inovação.
“É preciso fomentar a criação e ter infraestrutura para ter liberdade. Sem mão-de-obra não é possível. Nossa intenção é dar estímulo às novas ideias”, falou.
Parceria
Braga disse que o BNDES voltou a ser parceiro da Ancine e que há expectativa de lançamento, nos próximos meses, de um fundo voltado ao investimento e à criação. Ele lembrou que, “em um primeiro momento, houve insegurança e dúvidas” sobre a nova administração da Ancine, e que considera isso normal. “Mas à medida que o tempo passa, ficou claro que se trata de uma reformulação.”
Segundo Braga, o objetivo agora é “estimular festivais e eventos de mercado, preservação de acervo e capacitação”. Disse ainda que “valores da sociedade brasileira estão representados nessas ações”. “A Ancine não tem função burocrática. Tem participação e atuação no mercado”, afirmou.
“A Agência viveu um momento de recomposição, reestruturação e replanejamento. Mas obteve repactuações com o governo, sem perda da liberdade. Foi necessário equilíbrio para manter o processo de reformulação”, concluiu.