TIM avisa o Cade que não apareceram compradores para estações da Oi Móvel
A TIM avisou o Cade na segunda-feira, 6, que não encontrou nenhuma empresa disposta a comprar as estações radiobase de telefonia móvel que pertenciam à Oi. Diante da falta de interessados, solicitou à autarquia o atestado de cumprimento de uma das obrigações que foram impostas como remédio à venda da unidade celular da Oi às rivais.
“A TIM requer o ateste de cumprimento da obrigação prevista nas Cláusulas 4.1 e seguintes do ACC, sendo certo, ainda, que, nos termos da Cláusula 4.9, do ACC, a TIM não mais está obrigada a alienar as ERBs objeto de suas Ofertas Públicas, não incidindo sobre tais ativos qualquer obrigação adicional, inclusive de manutenção e/ou preservação das condições de uso”, solicita a companhia no documento protocolado junto ao Cade.
Em fevereiro de 2022, quando aprovou a venda da Oi Móvel para TIM, Claro e Vivo, o Cade mandou as compradoras venderem 50% das estações radiobase adquiridas. Na época, a obrigação foi alvo de duras crítica do então relator do caso na autarquia, que anteviu pouco ou nenhum interesse pelos itens. Isso porque a rede móvel da Oi era majoritariamente 2G e 3G, com poucas antenas 4G ou 5G.
A TIM colocou as ERBs à venda em julho de 2022, por seis meses. Este ano, prorrogou a oferta por mais 2 meses, com desconto de 75% sobre o preço original. Durante o período, chegou a conversar com fundos interessados em revender o equipamento a empresas de outros países ou mesmo a reciclar componentes, mas as negociações não deram frutos.
O destino agora dos equipamentos deve ser o “decomissionamento”, segundo a própria TIM já reiterou em diferentes ocasiões. Ou seja, a tele vai desmontar e as ERBs, que serão descartadas. O que for mais atual – algumas unidades contam com 5G, podem ser reutilizadas.
Ao todo, a operadora ofertou 3.610 ERBs, metade das 7,2 mil que arrematou da Oi Móvel. Até 2024, o plano da TIM é desmontar 4,7 mil destes equipamentos, todas em locais onde há sobreposição de rede. Ainda neste trimestre, conclui a integração de 2,5 mil estações que complementam sua infraestrutura.