Huawei premia mulheres de tecnologia e lança programa com o MEC
A Huawei e o Ministério da Educação (MEC) anunciaram, nesta quarta-feira,11, em João Pessoa (PB), o programa “5.000 Mulheres para a Tecnologia Brasileira”, iniciativa que busca capacitar mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica em áreas estratégicas da tecnologia, como inteligência artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), computação em nuvem e empreendedorismo digital. O projeto será implementado inicialmente em cinco estados nordestinos: Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí e Sergipe, oferecendo mil vagas em cada estado.
Durante o lançamento, a Huawei homenageou lideranças femininas de destaque com o troféu Women in Tech 2024. Entre elas reitoras de Institutos Federais, como Mary Roberta Meira Marinho (IFPB), e executivas como Claudia Cohn, CEO da Dasa; Cristina Cestari – CIO Volkswagen; Luciana Santos – Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação Sonia Faustino Mendes – Secretaria Executiva do Ministério das Comunicações; Debora Heredia Ignacio Bortolassi – Vice Presidente Vivo; Karina Gonçalves – CFO Claro; Auana Mattar – CIO TIM; Daniella Ribeiro – Senadora e Miriam Aquino, diretora do portal Tele.Síntese.
A diretora do Tele.Síntese, ao narrar sua trajetória de mais de 30 anos como jornalista acompanhando o mercado de tecnologia digital, assinalou que, em 2023, segundo o Fórum Econômico Mundial, as mulheres ocupavam apenas 26,7% das posições em tecnologia no Brasil. Disse ainda que um dos grandes desafios atuais de ser jornalista, especialmente em tempos recentes, é o combate às fake news.
¨Segundo um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP), mais de 62% dos brasileiros têm dificuldade em identificar notícias falsas. Essa realidade é ainda mais preocupante quando sabemos que grande parte das fake news estão relacionadas a temas técnicos, como tecnologia, saúde e política, justamente as áreas em que o conhecimento especializado é essencial¨, ressaltou Miriam. E concluiu: ¨A entrada de mais mulheres na tecnologia não é apenas uma questão de justiça social; é também um imperativo econômico e estratégico.
Bolsa-Formação
O programa laçado ontem em João Pessoa segue o modelo de bolsa-formação, garantindo que as estudantes permaneçam matriculadas e concluam os cursos, que terão carga horária de 160 horas. Além de incluir mulheres de baixa renda, o programa prioriza alunas já vinculadas à rede federal de ensino. Para Victor Montenegro, diretor de Educação e Responsabilidade Social da Huawei Brasil, a parceria com os Institutos Federais é essencial para o sucesso da iniciativa.