Celular de Brasília terá a super velocidade da 4.5G ainda neste semestre

Vendors que participam do Mobile World Congress, em Barcelona, que termina nesta quinta-feira, informam que a tecnologia 4,5 GHz (que fornece a velocidade de conexão do celular de mais de 300 Mbps) estará comercialmente disponível neste semestre na Capital da República. Embora não confirmem a empresa que irá sair na frente com a LTE-Advanced, tudo indica que será a Claro, que já testa essa tecnologia desde 2015.

 

Imagem: Divulgação-App Annie
Imagem: Divulgação-App Annie

Barcelona –  A capital da República poderá ser a primeira a conhecer de fato a LTE-Advanced, ou a 4,5 G – tecnologia que oferece pelo menos 30% mais velocidade média do que a 4G e mais de 300 Mbps de velocidade instantânea. Com essa velocidade, já é possível baixar vídeos e filmes completos em poucos minutos, além de poder jogar on line pelo celular.

Conforme o Teleco, até julho de 2016 existiam 147 redes em LTE-Advanced em 69 países, enquanto a rede LTE pura, ou a 4G, estava presente em mais de 550 operadoras. Atualmente as redes de quarta geração alcançam, no máximo, 35 Mbps, exemplo da operadora com o sinal mais veloz, que fica em Cingapura, segundo a OpenSignal.

Embora não se confirme qual a empresa vai fazer o lançamento comercial da 4,5 GHz no Brasil, o mais provável é que seja a Claro, que iniciou os testes com essa tecnologia em 2015. A empresa foi também a primeira a comercializar a 3G e a 4G no país.

A TIM também deu início aos testes com a LTE Advanced com duas portadoras (ou estações rádio-bases) nas frequências de 1,8 GHz e de 2,6 GHz, no Rio de Janeiro no ano passado.

Nos testes realizados pela Claro, Em testes de campo, conexão móvel da Claro atinge velocidade de 652 Mbpsna cidade de Araras, em São Paulo, foram agregadas as faixas de 1,8 GHz, 2,6 GHz e a de 700 MHz. Em Brasília, as faixas usadas serão as de 1.800 MHz, 2,6 GHz, e quando ficar limpa, a de 700 MHz, informa a fonte.

A nova tecnologia permite justamente a agregação de frequências na rede. Nas pontas, ainda se adota a tecnologia MIMO, que dobra a capacidade de transferência de dados transmitido para o smartphone do usuário.

Se a 4,5 G é a solução da indústria para atender ao constante incremento no consumo de dados e na ânsia do vídeo, a 5G traz uma proposta completamente diferentes de rede, de serviço e de uso. Para começar, a 5G já começa na nuvem e precisará ter tempo de latência 100 vezes menor ao que se observa hoje com a 4G. E isso só será mesmo possível em 2020, alerta o GSMA. Mesmo assim, avaliam diferentes executivos, a 5G só estará presente em nações muito ricas e organizadas nos primeiros anos.

A jornalista viajou a convite da Huawei

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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