Anatel libera mais uma licença de MVNO, para America Net

A operadora é voltada para o mercado corporativo e está presente no mercado brasileiro desde 1996. Esta é a quinta licença de MVNO outorgada pela Anatel este ano, indicando que finalmente essa modalidade de prestação de serviço passa a despertar o interesse de diferentes organizações

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A Anatel liberou hoje, 23, mais uma licença para Operador Móvel Virtual (MVNO). Desta vez, é uma empresa com tradição no mercado de telecomunicações brasileiro, especializada no segmento corporativo: a America Net.

Criada em 96 por  Lincoln Oliveira, a America Net  oferece serviços de voz e dados para o mercado corporativo e, mais recentemente, com atuação no varejo, além de serviços em TI. Com sede em Tamboré, Barueri (SP), a empresa possui 13 filiais, distribuídas pelas principais capitais do país e interior de São Paulo, tais como Belo Horizonte/MG, Brasília/DF, Campinas/SP, Curitiba/PR, Porto Alegre/RS, Presidente Prudente/SP, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, Santos/SP, São José dos Campo/SP, São José do Rio Preto/SP, São Paulo/SP, Vitória/SP.

Ela irá atuar como autorizada da TIM, o que significa que atuará como uma operadora de celular integral, com numeração própria e com as obrigações de qualidade e de manter call center, como as empresas maiores.

Seis anos de espera

Após seis anos de espera – desde que a Anatel publicou o regulamento do MVNO- somente agora esse segmento começa a deslanchar.

Nesse período, apenas a Porto Seguro Conecta, a Datora e a Sisteer (que atua como MVNE) tinham modelo de negócios para obter a licença. Até a Virgin Mobile, uma das mais bem sucedidas MVNOs da Europa, que havia anunciado o seu ingresso no mercado brasileiro para 2015, desistiu da empreitada.

As razões para o desinteresse forem elencadas por especialistas em seminários da área: entre eles a bitributação. A partir deste ano, no entanto, diferentes perfis de organizações acordaram para essa modalidade de serviço.

Em 2016 a Anatel concedeu licenças para a EUTV (com nome fantasia Surf Telecom, ela quer ser a “MVNO das MVNOs); a inglesa BT (que tirou a licença para manter o seu modelo de chip corporativo); a Always ( da Igreja da Fé) e a Mais AD (da Assembleia de Deus).

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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