XP leva Campo de Marte e Jacarepaguá de olho no imobiliário
A XP Infra IV FIP em Infraestrutura, fundo constituído pela XP Asset, conquistou o bloco de aviação executiva, chamado de Aviação Geral, com os aeroportos de Campo de Marte, em São Paulo, e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. O grupo, que foi o único interessado, fez uma oferta de R$ 141,4 milhões de outorga fixa, o valor mínimo previsto em edital.
A previsão de investimentos no bloco é de R$ 560 milhões, ao longo de 30 anos de concessão. Além da outorga inicial, haverá uma contribuição variável, e que deverá chegar a uma parcela de 15,25% da receita bruta a partir do nono ano de contrato.
Os estudos de viabilidade apontam uma movimentação de passageiros de R$ 500 mil em 2023 e de 700 mil em 2052. A previsão é que o novo concessionário também possa explorar oportunidades imobiliárias nos ativos. O movimento marca a entrada da XP Asset no setor.
Segundo Túlio Machado, chefe da XP Asset, o potencial dos aeroportos Campo de Marte e Jacarepaguá vai além das tarifas aeroportuárias. ”É notório que a vocação de Campo de Marte e Jacarepaguá não passa só pelas receitas tarifárias, há potencial de exploração do imobiliário, isso é permitido”, afirmou em coletiva de imprensa.
Ele esclareceu que a operação de Congonhas permite que haja expansão onde hoje há terminais de aviação executiva. “Acreditamos que uma parte do share de Congonhas deva vir para o Campo de Marte, temos planos de deixar o aeroporto mais seguro (com voos por instrumentos). Acreditamos que as tarifas aeroportuárias vão aumentar.”
Em 2021, Jacarepaguá teve lucro de R$ 41,4 milhões e Campo de Marte, prejuízo de R$ 1,5 milhão. Jacarepaguá tem um atendimento relevante de hangar e decolagem de helicópteros que fazem transporte para plataformas de óleo e gás, emenda o executivo.