WiFi6 da Huawei chega ao Brasil em setembro
Se na disputa geoeconômica entre Estados Unidos e China a tecnologia de quinta geração do celular, a 5G, continua a ser o foco das atenções (com o banimento dos produtos chineses do solo estadunidense e de outros países alinhados), há quem aposte que a solução do Wi-Fi 6 seria o primeiro passo para a definição de um caminho próprio – por parte dos Estados Unidos – no desenvolvimento de um novo padrão, que se sobreponha à 5G e à dependência do globo ao desenvolvimento tecnológico oriental.
Mas essa previsão torna-se difícil de ver concretizada, tendo em vista que a fabricante Huawei também avança na tecnologia do WiFi6. E se, for uma disputa por rounds, enquanto ainda há muitas indefinições sobre a 5G, mas as novas gerações do WiFi estão evoluindo e prometem até desbancar a 5G, ainda mais agora que o mundo reservou um espectro Licenciado, ou seja, protegido, para a tecnologia.
A ConnectoWay, distribuidora nacional da fabricante chinesa, promete estar comercializando esses equipamentos chineses no mercado nacional já em setembro deste ano. Outros já estão no mercado brasileiro, da Cisco, D-link, mas ainda sem os novos padrões para o uso do espectro licenciado.
Segundo o diretor Comercial da ConnectoWay, William Taylor, a pandemia do novo coronavírus e o crescente uso das redes fez avançar a transformação digital em pelo menos cinco anos. “As compras online cresceram 90% com pequenos lojistas aderindo a esse tipo de venda, sem falar na explosão do ensino a distância e do home office”, disse. Por essa razão, a empresa resolveu sair na frente e disponibilizar os equipamentos da Huawei de Wi-Fi 6 já em setembro.
O WiFi 6, cujo espectro foi liberado recentemente pela Anatel, pode garantir velocidades de mais de 1 Giga para até 128 dispositivos em uma residência e para 1.024 dispositivos em empresas, sem perda de banda.
O WiFi 6 (802.11 ax) vai usar as frequências de 6 GHz e tem uma banda bem maior do que a do Wi-Fi 5 (802.11 ac) e pode chegar à velocidade de 10Gbps. Além de conectar mais dispositivos sem dividir a banda, a latência é bem menor, de 10 ms e a rede é mais estável. Para ter acesso a nova tecnologia, as empresas devem alterar as terminações das redes de fibra óptica e trocar os roteadores, equipamentos que chegarão ao mercado com preços 35% maiores que os atuais.