WCS também se credencia para explorar WiFi Livre em São Paulo

Provedora participa do programa de WiFi da cidade desde a primeira geração, em que atendia 60 pontos. Prevê cobrir 300 este ano, e o restante em 2020, usando backbone de fibra óptica.

A provedora WCS também se credenciou no programa WiFi Livre SP, da prefeitura de São Paulo. A assinatura definitiva do contrato de adesão ao programa deve acontecer na próxima semana. Pelo programa, as empresas participantes poderão oferecer WiFi de acesso gratuito em 621 pontos da cidade, obtendo remuneração a partir da exibição de publicidade no celular do usuário, no momento do acesso.

Além da WCS, America Net (que já iniciou a instalação de pontos) e a Surf Telecom também participam.

No caso da WCS, a expectativa é de investimentos mais altos que o R$ 4 milhões projetados pela concorrente Surf Telecom, mas mais baixos que os R$ 20 milhões estimados pela America Net. O diretor comercial para governo da empresa, José Antonio Soares, conta que haverá reaproveitamento de infraestrutura em 60 pontos da cidade, uma vez que a WCS já fornecia o WiFi Livre no Centro e na Zona Leste desde 2015, pelo programa aberto na gestão anterior.

“Haverá substituição de equipamentos, por mais modernos, neste pontos, mas a infraestrutura de fibra já está passada”, ressalta. A WCS possui backbone óptico de 18 mil Km passando próximo a quase todos os 621 pontos da cidade que receberão WiFi, o que deve reduzir ainda mais os custos do projeto da empresa.

Instalação

A previsão é cobrir este anos os 300 pontos obrigatórios (lembrando que 60 requerem apenas atualização na última milha), e os demais em 2020. A WCS vai fechar contrato com agências de publicidade para vender a mídia dos pontos, e ainda não definiu qual a interface usará no acesso e mensuração do tempo de navegação dos usuários (a America Net vai usar a plataforma Google Station). A empresa também vai usar os espaços publicitário para divulgar a própria marca.

“Consideramos o projeto não apenas uma forma nova de gerar receita, mas também de cumprir uma missão de conectar as pessoas que não têm acesso à internet, promovendo a inclusão digital”, acrescenta Klaber Malara, diretor de inovação da WCS.

Segundo Soares, a expectativa é de uma receita média mensal de R$ 400 mil com a venda de publicidade. “Será mais do que gerado pelo modelo anterior”, diz. A primeira geração do WiFi Livre SP previa pagamento pela prefeitura das empresas que forneciam o acesso. A WCS participava de um consórcio responsável por dois de um total de quatro lotes.

O executivo explica que dois fatores vão ditar o ritmo de implementação dos pontos: o primeiro diz respeito à capacidade da própria empresa. O segundo, à velocidade de aprovação dos projetos de cada local, entregues à prefeitura para aprovação. “Esperamos que seja rápido, um rito mais acelerado. O grande desafio que tivemos desde o início é a própria cidade, que é agressiva quanto à instalação de equipamentos em suas edificações”, diz Soares.

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Rafael Bucco

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