VP da Vivo conclama por mobilização nacional para liberação de antenas
O VP de B2B da Vivo, Alex Salgado, conclamou hoje, 11, durante o Febraban Tech, uma mobilização nacional pela aceleração das alterações nas leis municipais de antenas, para que a 5G possa ter uma expansão mais rápida no território brasileiro. ” É preciso uma mobilização nacional mais rápida. Não há razão técnica para as cidades exigirem matrículas de imóveis para a instalação de antenas ou proibirem sua instalação em escolas ou hospitais”, afirmou ele.
Apesar dessas dificuldades, o executivo está bastante otimista com a adoção do 5G, que no seu entender, vai estimular a rápida expansão da rede. ” Em dois anos, a rede do 5G deverá ser equivalente a do 4G”, afirmou Salgado. Segundo ele, já no próximo ano, várias aplicações de realidade aumentada estarão no mercado e utilizadas pelo mercado corporativo. “O mercado empresarial não precisa esperar a cobertura das localidades para usar o 5G. Posso implementar já a 5G pública ou dentro de qualquer local específico e substituir qualquer conectividade”, disse.
Salgado reforçou que, para que os usuários tenham experiência plena do 5G, são necessárias frequência e conexão de ultra velocidade. “Nós vamos seguindo acelerados, pois sabemos que é importante para os clientes e para rentabilizar o ativo”, disse o VP da Vivo.
Rápida Substituição
Para o superintendente de Outorga e Radiofrequência da Anatel, Vinícius Caram, dentro de quatro ou cinco anos, o parque de aparelhos de celular 5G já terá substituído o de aparelhos 4G, tendo em vista que são adquiridos pelo menos 40 milhões de smartphones no mercado brasileiro por ano (e são 250 milhões de usuários de telefonia celular).
Mas ele também entende que o uso industrial e aplicações dedicadas terão importância cada vez maior, mas aponta que, para isso, é preciso ter aplicações por parte dos desenvolvedores e conhecimento por parte dos usuários.
O Bradesco já começou a implantar o 5G “puro” e pretende contar com 100 agências com essa nova conexão até o final deste ano. Segundo Wilson Okamoto, Head de IT & Infraestructure Engineering do banco, em duas agências bancárias de Brasília – na Esplanada dos Ministérios e no Lago Sul – os links MPLS já foram substituídos pela tecnologia 5G e a melhoria no desempenho é visível. ” O tempo de resposta de uma das transações mais demoradas caiu de 40 segundos para 5 segundos”, afirmou.