Voto de Campelo deve trazer blocos de 200 MHz em ondas milimétricas

Como EAF deverá operacionalizar a cobertura das escolas ainda suscita dúvidas

Conforme informado pelo próprio conselheiro à Frente Parlamentar Mista de Educação no começo da semana, Emmanoel Campelo está propondo que a faixa de 26 MHz tenha lotes de 200 MHz em seu relatório da minuta do edital 5G. O texto será apreciado nesta sexta, 10, pelo Conselho Diretor da Anatel.

O Tele.Síntese apurou que ele também incorporou à minuta a obrigação de conexão de escolas para os compradores desses lotes em ondas milimétricas. E propôs a redução do tempo para a limpeza e disponibilização da faixa de 3,5 GHz de 300 para 200 dias, a fim de permitir que as operadoras ativem redes standalone até julho de 2022.

Alguns pontos da proposta devem gerar debate entre os conselheiros. Há ainda dúvidas a respeito de como apressar a liberação do sinal em cidades do interior sem comprometer a cobertura dos canais de TVRO, tipo de serviço que sofre interferência do 5G em 3,5 GHz. Em grandes centros, entende-se, é mais simples identificar o uso de parabólicas e substituí-las. Mas no interior, o cenário ganha complexidade.

Fontes ouvidas indicaram que a incorporação pela EAF da obrigação de operacionalizar a conexão de escolas deve ser ponto também para esclarecimentos. Há dúvidas sobre como isso pode ser feito sem que resulte no comprador de 3,5 GHz oferecendo as garantias pelo comprador da faixa de 26 GHz.

A reunião extraordinária do Conselho Diretor da Anatel acontece a partir das 13h15. A convocação foi bem recebida pelo Ministério das Comunicações. O ministro Fabio Faria ligou para os conselheiros para reiterar o desejo de celeridade na aprovação das regras. Ouviu que não há interesse em obstruir a tramitação.

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Rafael Bucco

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