Vodafone planeja cortar centenas de empregos para conter custos

Maior parte das demissões deve atingir funcionários que atuam na sede da operadora, em Londres; empresa sinalizou que planeja reduzir a estrutura de custos em 1 bilhão de euros
Vodafone planeja cortar centenas de postos de trabalho, diz jornal
Loja da Vodafone em Nottingham, no Reino Unido; operadora planeja cortar centenas de empregos (crédito: Divulgação/Vodafone)

A operadora britânica Vodafone planeja cortar centenas de empregos nas próximas semanas. A maioria das demissões deve atingir funcionários que atuam em Londres, cidade na qual fica a sede da companhia, informou o jornal “Financial Times” nesta sexta-feira, 13.

A empresa de telecomunicações, somando todos os escritórios espalhados por diversos países, emprega aproximadamente 104 mil pessoas, das quais 9.400 atuam no Reino Unido.

Em 2022, a operadora teve um ano desafiador, de modo que investidores pressionaram a companhia a simplificar os negócios, descartar unidades com baixo desempenho e descentralizar as operações globais.

A Vodafone afirmou, em novembro do ano passado, que cortaria 1 bilhão de euros (aproximadamente R$ 5,53 bilhões) em custos até 2026. A sinalização ocorreu depois de a empresa anunciar que os lucros do grupo caíram no primeiro semestre de 2022. O resultado aquém do esperado se deveu, principalmente, ao fraco desempenho na Alemanha, o maior mercado da operadora britânica.

À época, a empresa disse que a redução de custos seria atingida pela simplificação das operações, o que poderia envolver perdes da empregos.

“Estamos revendo o nosso modelo de atuação, com foco na racionalização e na simplificação do grupo. Falaremos mais sobre as mudanças quando anunciarmos os nossos resultados do terceiro trimestre em 1º de fevereiro”, afirmou a empresa, em nota.

O setor telecomunicações na Europa tem enfrentado anos difíceis. Segundo o “Financial Times”, grupos líderes, como BT, Telefónica e Orange, além da Vodafone, tiveram perdas significativas de valor de mercado. Além disso, o aumento dos preços de energia e a elevação das taxas de juros pressionaram os custos de operação das empresas.

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Da Redação

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