Vivo testa diferentes aplicações do 5G no Rio de Janeiro

Com projeto 5G City, Vivo testará banda larga fixa por 5G, o FWA, em todas as frequências, incluindo 3,5 GHz, além da já esperada faixa de 26 GHz.
Marcelo Abdo, head de estratégia da Vivo, durante o Latam ICT22
Marcelo Abdo, head de estratégia da Vivo, durante o Latam ICT22

A Vivo começa, nos próximos dias, testes de novos serviços 5G com alguns clientes selecionados do Rio de Janeiro (RJ), em parceria com a Huawei, que forneceu os equipamentos. A infraestrutura já foi instalada. Os testes vão começar com uso do espectro 2,3 GHz, e será ampliado para o 3,5 GHz tão logo a faixa esteja disponível para uso na capital fluminense.

O anúncio da parceria aconteceu em Cancún, no México, durante o evento Latam ICT22*.

A intenção dos testes, afirmou Marcelo Abdo, diretor de estratégia da operadora, é compreender a demanda por novas aplicações e serviços baseados na 5G. “Nós estamos, por exemplo, testando o smart office usando a banda milimétrica. Não é um teste comercial. Estamos na fase de testar a tecnologia, assegurar que funciona e buscar o modelo de negócio mais adequado e desenharmos as ofertas”, falou.

A operadora quer entender qual capacidade precisará alocar por site. Além disso, os testes vão servir para analisar a viabilidade do uso de ondas milimétricas como alternativa à banda larga fixa. Com as faixas de 2,3 GHz e 3,5 GHz, a operadora também quer descobrir se é possível entregar um serviço FWA satisfatório.

Os testes, enfatizou o Abdo, são em pequena escala. Além da conectividade, a operadora vai implantar um “green site” criado pela Huawei, que integra antena e rádio, a fim de reduzir o espaço ocupado, o peso e a resistência ao vento nas torres.

Preparação para o 5G

Abdo comentou ainda a preparação que a Vivo fez nos últimos anos em rede para ativar o 5G SA agora em 2022. A companhia chegou a 100% dos sites 5G com fibra, tanto os futuros 5G SA, como os atuais 5G DSS. Além disso, a fim de reduzir a latência, a empresa removeu camadas de equipamentos IP.

Na tecnologia DSS, que utiliza núcleo ainda 4G, a companhia atingiu 15% da população brasileira coberta. Em 2,3 GHz, utiliza 5G NSA desde dezembro.

O executivo lembrou que o momento já é favorável ao lançamento do 5G SA, por existirem mais de 40 modelos de terminais compatíveis no mercado local, inclusive smartphones intermediários.

Abdo lembrou que há novos desafios. Planos 5G em 3,5 GHz vão exigir uso de novos SIM Cards nos celulares. A operadora já tem os chips em estoque. Além disso, terá a tecnologia eSIM compatível com o 5G ativada “nas próximas semanas”.

*O jornalista viajou a convite da Huawei

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Rafael Bucco

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