Vivo reabre todas as lojas e prevê manter opção de home office até 2021

Diretor de relações do trabalho da companhia contou que funcionários dos escritórios têm opção de continuar em casa até que a pandemia perca força. Mesmo depois, a tele manterá políticas para facilitar o trabalho remoto.

A operadora Vivo já está com todas as suas lojas reabertas no país, mas a rotina ainda está alterada em função da pandemia de Covid-19 na maioria. Conforme explicou o diretor de relações do trabalho da companhia, Luiz Xavier, as lojas seguem as regras sanitárias impostas pelas prefeituras, e variam de cidade em cidade.

“Com o tamanho do Brasil, e como não tem protocolo único, uma vez que este é local e varia a cada prefeitura, o que tivemos que fazer foi um mapeamento completo do país e identificar qual a melhor maneira de funcionar. Isso passa pelo distanciamento social, uso de máscara, álcool gel e medição de temperatura”, falou. Ele participou hoje, 23, de live do Tele.Síntese sobre os reflexos da pandemia nos ambientes de trabalho.

A maioria das lojas opera com horários reduzidos, com atendimentos preferencialmente feitos mediante agendamento, e contingente reduzido. Para conseguir isso, a empresa mandou alguns executarem tarefas a partir de casa. Para outros, adiantou férias.

Só em 2021

Xavier contou que a operadora trabalha com a perspectiva de que apenas em 2021 a rotina poderá ser normalizada, ou, pelo menos, aproximar-se do que era em 2019. Na área administrativa, a tele abriu os portões para retorno dos funcionários, mas determinou que ainda sejam feitos no mínimo dois dias de home office por semana por quem decidir voltar. Os funcionários ainda têm a opção de seguir trabalhando remotamente.

“Nos escritórios, a capacidade hoje varia de um terço a 50% de ocupação. Estamos dando o direito de o funcionário fazer a escolha, se quer retornar ou continuar de casa se ainda não estiver confortável. Também tem os casos de pessoas com filhos em escolas que ainda não reabriram e outras necessidades, por exemplo”, acrescentou.

Ele ressaltou que, embora o home office tenha se provado produtivo, a cultura da empresa é de que o olho no olho e interação pessoal é fundamental para a criatividade e satisfação dos funcionários.

Retorno calculado

O executivo contou que a velocidade do retorno aos escritórios varia em cada cidade, e leva em conta o índice local de transmissão da Covid-19 e a taxa de ocupação de UTIs. “Criamos um comitê que faz o acompanhamento semanal desses dados”, contou.

A operadora elaborou às pressas um plano de contingencia no começo do ano, conforme a pandemia se espalhava pelo mundo. Quando a crise atingiu o Brasil, a empresa enviou em uma semana 20 mil funcionários dos escritórios, lojas e call centers para casa. O que ficou dessa fase foi um plano aperfeiçoado, que antevê medidas para novas ondas.

“Nosso plano de contingência foi elaborado no primeiro momento, e hoje define quantas pessoas e de que maneira e situação podem trabalhar. Qualquer crescimento no volume, aciona um dispositivo e vamos fazer gestão [da equipe]. Em algumas cidades já teve abertura de lojas e depois voltou a fechar. Então nosso protocolo é adaptado a qualquer tipo de situação”, afirmou.

Xavier também lembrou que, diante dessa nova realidade, a Vivo estabeleceu o compromisso em convenção trabalhista de manter o nível de empregos por mais um ano.

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Rafael Bucco

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