Vivo leva o Open RAN para sua rede nacional

Empresa vai usar a tecnologia DCSG da fornecedora Adva, desenvolvida em parceria com o Telecom Infra Project. Segundo a empresa, iniciativa reduzirá custos da implantação do 5G
Nova tecnologia surtirá efeitos em diversos setores da economia mundial

A Telefónica e a ADVA Rede Óptica, Organização Europeia de Telecomunicações, anunciaram no começo da semana que a Vivo implantará um sistema desagregado de roteamento de redes móveis (DCSG, da sigla em inglês) como parte de uma estratégia adotada para a instalação de rede IP em todo o País.

Operando em “caixas brancas” (whitebox), projetadas sob a especificação DCSG, a solução fornece funcionalidade de gateway local de célula desagregada implementada pelo sistema operacional de rede Ensemble Activator (NOS, da sigla em inglês) da ADVA.

A implantação desta solução, selecionada em concorrência e em conjunto com outros projetos similares, reforça a estratégia da Telefónica de investir em redes abertas e desagregadas (Open RAN), além de representar um claro indicador da maturidade das soluções DCSG e a viabilidade técnica e econômica do formato.

O DCSG permitirá que a principal operadora de rede móvel do Brasil implemente de maneira econômica serviços móveis 5G em escala nacional. “Isso dará à Telefônica Vivo total liberdade para construir redes de conectividade de quinta geração desagregadas e neutras para fornecedores, usando sempre os melhores componentes da classe”, diz a companhia, em nota.

Projetada como parte do projeto Telecom Infra Project (TIP) DCSG, a solução faz uso de componentes de rede abertos, todos baseados em padrões e desagregados, que são capazes de combinar e mesclar diferentes padrões, permitindo tanto a implantação completa da solução quanto o uso máximo de sua eficiência operacional e uma cadeia de suprimentos mais forte e diversificada.

Além disso, como parte intrínseca de sua especificação, o DCSG incorpora tecnologias de Rede Definida por Software (SDN, da sigla em inglês) para automatizar o gerenciamento de rede, totalmente alinhado à especificação de subgrupo MUST no TIP para permitir uma integração suave com mapas de operador BSS/OSS e um aumento de automação de rede.

“A nova solução DCSG oferecerá agilidade no desenvolvimento de recursos baseados em software, juntamente com o desempenho e a economia de bare-metal switches”, afirma Atila Araujo Branco, Diretor de Tecnologia e Planejamento da Telefônica Vivo. “Essa movimentação possibilita a criação de um ecossistema móvel aberto, ágil e eficiente, adequado para serviços de última geração e pronto para crescer no futuro. O modelo desagregado e independente do fornecedor nos tornará capazes de escolher entre softwares e hardwares sem restrições, enquanto procuramos atender às demandas de capacidade, latência e confiabilidade do 5G.”

“Temos trabalhado em total colaboração com nossos parceiros dentro do Telecom Infra Project (TIP) para desenvolver a solução DSSG, em um relacionamento pautado em colaboração completa e compreensão mútua. Essa colaboração torna-se uma realidade hoje com a atribuição da solução DCSG como parte da nossa arquitetura de rede FUSION IP”, diz Cayetano Carbajo – Diretor de Plataformas de Núcleo, Transporte e Rede da Telefónica. “Agora
estamos trabalhando lado a lado com a ADVA para levar os benefícios da abertura e desagregação de rede aos nossos clientes no Brasil. Esta nova rede traz maior flexibilidade e escalabilidade, ao mesmo tempo em que nos permite escolher livremente os componentes e acelerar, cada vez mais, o ritmo da inovação.”

“A primeira implementação comercial de nosso ‘Ensemble Activator’ para conectividade 5G em território nacional é um momento muito marcante para a história de redes de acesso de rádio interoperáveis, desagregadas e virtualizadas. Ao utilizar nosso Ensemble Activator, a Telefônica Vivo está ditando o caminho rumo a uma indústria alimentada por inovação aberta e pela colaboração de vários fornecedores ”, comenta Christoph Glingener, CTO da ADVA. “Nosso NOS de nível de operadora aberto é ideal para operar redes grandes e geograficamente dispersas. Ele fornece a eficiência de custo de bare-metal switches ao mesmo tempo em que traz flexibilidade à infraestrutura de transporte. Além disso, a interface de controle aberta e o streaming de telemetria são passos importante para operações automatizadas e, eventualmente, para conexões autônomas.” (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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