Vivo lança app de streaming de vídeos feitos para o smartphone
A Vivo anunciou nesta segunda-feira, 17, mais um resultado de sua parceria de desenvolvimento de aplicativos de conteúdo com a francesa Vivendi: o aplicativo Studio+. O software, compatível com smartphones iOS e Android, faz o streaming de séries exclusivas para o celular. O serviço terá custo igual ao o app de música lançado há uma semana (Watch Music), de R$ 3,99 por semana para os clientes pré-pagos, e R$ 12,99 ao mês para os pós-pagos.
Segundo as empresas, as séries foram produzidas com a tela do celular em mente. Por isso, traz pequenas diferenças em relação a produções audiovisuais tradicionais. Por exemplo, abusa mais de closes, e os episódios das séries têm no máximo dez minutos de duração. Cada temporada tem, também, 10 episódios.
O Brasil é o primeiro país a receber o produto. Amanhã será lançado na América Latina (Argentina, Chile, Peru, Uruguai, entre outros) pela Telefónica. Em novembro, o Studio+ chega a França e Itália, e depois, será distribuído para Estados Unidos, Rússia e Ásia. No Brasil e América Latina, é exclusividade da Telefónica.
“A receita com produtos digitais cresce dois dígitos por ano, e hoje ultrapassa R$ 1 bilhão”, ressaltou Amos Genish, CEO da Vivo, justificando o investimento no produto.
A Vivendi investiu US$ 40 milhões na produção do conteúdo que estará disponível no aplicativo. De partida, o Studio+ terá 15 séries, sendo uma em portugês, produzida no Brasil. Será acrescentada uma série ou temporada inédita toda semana.
A relação da Vivendi com Genish, fundador da GVT, não é nova. A companhia francesa adquiriu a GVT, em 2009. Em 2015, vendeu a operadora paranaense para a Telefónica, em troca de R$ 22 bilhões e participação da Telecom Italia. Os interesses comerciais, no entanto, ainda perduram, como explicou Genish durante a coletiva, e explicam a parceria anunciada nesta tarde. “Esperamos que o Studio+ se transforme no Netflix mobile. Como exemplo do potencial dos produtos digitais, lembro do Vivo Ads, lançado este ano, e que desde junho até agora alcançou R$ 30 milhões de receita”, completou o ainda CEO da Vivo.