Vivo irá expandir FTTH em modelo “pay as you grow”

Formato desenvolvido pela Furukawa no Brasil prevê uso de cabos ópticos pré-conectorizados e ligações em cascata, o que transforma o conceito de homes passed para residências efetivamente atendidas.

A Vivo vai alterar a forma como planeja e escala sua rede de fibra óptica até a casa do cliente. A operadora realizou neste ano testes em Brasília (DF) e em Uberlândia (MG) para adotar o modelo “pay as you grow” desenvolvido pela fabricante Furukawa no Brasil.

O modelo se baseia na tecnologia de pré-conectorização em cascata. Consiste em substituir o conceito de homes passed, em que mesmo residências que não assinam banda larga por fibra acabam recebendo a infraestrutura, por um em que a ativação é caso a caso.

Segundo Foad Shaikhzadeh, presidente da Furukawa Brasil, a solução foi aprovada pela Vivo, que agora vai usá-la para entrar em mercados onde ainda não trabalha com FTTH.

“No caso, a Telefônica está construindo do zero sua rede FTTH, mas a solução é indicada para empresas baseadas no cobre, no HFC, que precisam migrar rapidamente de tecnologia. Com a pré-conectorização em cascata, vamos construindo a rede óptica e migrando clientes aos poucos”, explicou hoje, 6, em evento com jornalistas realizado em São Paulo.

Case no México

Modelo semelhante está sendo adotado no México. Lá, a operadora local de TV, telefonia e banda larga IZZI (Televisa), dona de uma rede de cobre com 77 mil km de extensão, contratou a Furukawa para implementar a rede FTTH na cidade de Monterrey. A fabricante trabalhará em conjunto com Nokia, Huawei e ZTE, responsáveis pelos equipamentos de rede.

O projeto terá duração de 2 anos e prevê construção de 8 mil km de cabos ópticos no país, com treinamento e instalação a cargo da Furukawa. “Só em materiais serão consumidos US$ 50 milhões”, prevê Shaikhzadeh.

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Rafael Bucco

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