Vivo defende ações para intensificar investimento no Brasil

Para Gebara, maior conectividade virá com redução da carga tributária, eliminação de incertezas regulatórias e leilão do 5G com foco na digitalização do país

O programa lançado pela Vivo no final do ano passado “Digitalizar para aproximar” e os investimentos recordes de R$ 9 bilhões, basicamente em infraestrutura, de certa forma “prepararam” a companhia para a pandemia do COVID-19. “O aumento de 40% do tráfego na rede, com alta de 72%  de acessos a conteúdos de entretenimento, avanço da telemedicina, home office e da educação foram plenamente atendidos”, disse o CEO da operadora, Cristian Gebara, na palestra no Painel Telebrasil desta terça-feira, 8. Segundo ele, a transformação digital avançou em poucos meses o que se esperava em três a quatro anos e o setor mostrou sua resiliência, mantendo o país funcionando.

A companhia se prepara para esse novo normal, que se caracterizará pela convivência do digital com a presencial, com mais pessoas usando conteúdos de entretenimento, mais trabalhando em casa, mais uso da telemedicina, da educação online e mais consumidores comprando pela internet. Isso tudo com internet de qualidade e velocidade acima de 34 Mbps.

Gebara disse que a Vivo investe 28% da receita por ano no Brasil, praticamente 18 pontos percentuais superiores ao que é empregado em outros países da Europa e do Japão, na Ásia. Já o retorno desse capital está abaixo da média do mundo.

Para que o país se conecte e digitalize com maior rapidez, Gebara entende que é preciso reduzir a carga tributária sobre o setor, considerada a mais alta do mundo. Ele citou o avanço na regulamentação da Lei Geral das Antenas, mas espera que os dispositivos sejam acompanhados pelos municípios, e apontou avanços regulatórios, mas disse que ainda existem aspectos desafiadores.

“Temos incertezas no caso do fim das concessões, precisamos trabalhar as ofertas de atacados não só para fomentar a competição, mas também investimentos”, disse. Sobre o 5G, o CEO da Vivo defendeu maior aceleração e um modelo não arrecadatório do leilão, e sim com foco no Brasil digital e a regulamentação mais aderente às novas tecnologias e às necessidades dos cidadãos.

Pandemia

Para avançar durante a pandemia, a Vivo intensificou o uso da inteligência artificial, por meio de seus canais digitais, que receberam cerca de 13 milhões de interações por mês; firmou mais de 200 parcerias em diferentes áreas e incrementou seu portfólio de serviços corporativos que ajudam as empresas se digitalizarem. Hoje são 1,4 milhão de companhias atendidas. “A Vivo mostrou que vai além de uma empresa de telecomunicações, que enxerga as necessidades de nossos clientes”, afirmou Gebara.

Segundo Gerbara, com os investimentos feitos desde a privatização, a Vivo tem a maior rede de fibra da América Latina, e a maior rede de dados do Brasil nas tecnologias, 2G, 3G e 4G e cobre quase 100% da população. Além disso, mantém projetos de reciclagem de lixo eletrônico e uso de energia limpa; a Fundação Telefônica apoia 60 mil famílias na pandemia, mantém quatro grupos de diversidade, de inclusão na equipe de raça, gênero, LGBT e mais o de gerações,  que começou a ser trabalhado nesse mês.

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Lúcia Berbert

Lúcia Berbert, com mais de 30 anos de experiência no jornalismo, é repórter do TeleSíntese. Ama cachorros.

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