Vivo considera possível implantar 5G “puro” no Brasil no final de 2021

Em apresentação, executivo da empresa observou que ativação depende do leilão da Anatel e do conhecimento adquirido com a oferta de 5G DSS, lançado recentemente pela companhia em diferentes capitais.

A Vivo já traça planos de implementação de redes 5G no Brasil até 2023. O head da área de tecnologia da vice-presidência de engenharia da operadora, Celso Fernando Valério, fez hoje, 26, uma apresentação na qual exibiu o slide abaixo. Nele, se vê que a empresa estima lançar o 5G autônomo (standalone) já no final de 2021.

O executivo deixou claro, no entanto, que o cenário depende da realização do leilão de frequências 5G pela Anatel na primeira metade do ano e do conhecimento da Vivo adquirido com o lançamento recente do 5G DSS.

O material sugere, também que a intenção da companhia é rapidamente migrar sua rede móvel completamente das tecnologias 2G, 3G e 4G para o 5G puro, o qual chama da 5G convergente SA e é considerado o “estado da arte” da conectividade móvel. Ainda no segundo semestre de 2022 haverá ativação de redes do tipo, cujos núcleos usados pelas tecnologias são completamente substituídos por núcleo 5G.

Preocupações

Segundo Valério, a preocupação na empresa é que o leilão não seja arrecadatório e que as frequências sejam alocadas de forma a não ter espectro sem uso. “Espectro parado não é benefício para a sociedade nem para os clientes”, disse.

A empresa também acompanha os estudos de interferência da 5G nas transmissões de TV aberta por satélite (TVRO). E defende que se adote a solução de mitigação, baseada na instalação de filtros – diferente da proposta de radiodifusores, que pedem migração para a banda Ku dos canais de TV hoje alocados em faixa da banda C satelital.

E apresentou também como pontos sensíveis a necessidade de lei das antenas que facilitem a implantação. Ele apontou ainda a necessidade de iniciativas de incentivo à massificação de hardware e produção em larga escala e fomento a startups que participem do sistema de inovação aberta nacional. “Há uma possibilidade de trazer tecnologias genuinamente brasileiras para a 5G”, falou. Valério participou do evento digital 5G & Telco Transformation, organizado pela consultoria Teleco.

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Rafael Bucco

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