Vivo amplia lucro em 7,3% no 1º trimestre, para R$ 896 milhões
A Telefônica Vivo divulgou, nesta terça-feira, 7, os resultados financeiros do primeiro trimestre deste ano, período em que o lucro líquido avançou, na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, 7,3%, chegando a R$ 896 milhões.
Entre janeiro e março, a receita operacional líquida da Vivo somou R$ 13,5 bilhões, alta de 6,5%. O faturamento foi impulsionado por diversos segmentos em que a empresa atua, como serviço móvel (9,3%), banda larga via fibra óptica (14,7%), aparelhos eletrônicos (3,1%) e dados corporativos, TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) e serviços digitais (3,5%).
Serviço móvel
O desempenho do serviço móvel foi puxado, principalmente, pelo crescimento da receita dos planos pós-pagos (alta de 11,4%), modelo que representa 82,7% do faturamento da divisão de celular.
Segundo a Vivo, o pós-pago foi beneficiado por três fatores: aumento da base de clientes (+6,6%), tanto pela aquisição de novos usuários quanto pela migração do pré-pago; reajustes de preços; e manutenção do menor nível histórico de churn (rotatividade de clientes), de 0,97% ao mês (excluindo a modalidade machine to machine – M2M).
Já a receita da modalidade pré-paga teve leve redução de 0,1% na comparação com o primeiro trimestre de 2023. A queda, na verdade, beneficia a dinâmica de receita, uma vez que houve migração de acessos ao plano Controle. Ainda assim, a receita média por usuário (ARPU, na sigla em inglês) do pré-pago registrou alta de 5,8%, ao passo que o churn diminuiu 1 ponto percentual em relação à taxa observada um ano antes.
A Vivo terminou o primeiro trimestre deste ano com quase 100 milhões de acessos móveis, dos quais 45 milhões dizem respeito a linhas de celular pós-pagas e 37 milhões, pré-pagas. M2M e PoS somam 18 milhões de acessos.
A empresa ainda informou que a venda de smartphones compatíveis com 5G representou 88% dos aparelhos comercializados no trimestre.
Banda larga fixa e B2B
No primeiro trimestre, a receita do serviço fixo cresceu 1,6% na comparação anual, alcançando R$ 3,96 bilhões. A receita de FTTH (fibra até a casa do cliente) foi o destaque, com expansão de 14,7%, chegando a R$ 1,71 bilhão. Com incremento de 2%, o ARPU do serviço de fibra óptica atingiu o maior valor dos últimos dois anos (R$ 91,4).
Segundo o informe financeiro, entre o primeiro trimestre do ano passado e o deste ano, a Vivo expandiu a rede para 2,4 milhões de novos domicílios e conectou 697 mil novos clientes. A rede ainda foi estendida para mais sete cidades, totalizando 443 municípios com cobertura de fibra.
No mesmo intervalo de comparação, a rede de FTTH cresceu 10%, alcançando 26,8 milhões de casas passadas (residências que podem contratar o serviço). Já a base de clientes teve um incremento de 12%, chegando a 6,3 milhões.
No acumulado de 12 meses até março deste ano, os serviços B2B cresceram 20,4%, gerando R$ 3,47 bilhões em receitas. O montante representa uma fatia de 6,6% do faturamento total da operadora.
EBITDA, margem e capex
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) somou R$ 5,27 bilhões no primeiro trimestre, alta anual de 6,8%. A margem ficou praticamente estável (39%), avançando 0,1 ponto percentual ante o intervalo de abertura de 2023 (38,9%).
Os investimentos avançaram 11,2% e totalizaram R$ 1,87 bilhão no primeiro trimestre. O montante representa 13,8% da receita operacional líquida do período, um incremento de 0,6% na comparação anual.
“Os investimentos foram direcionados ao reforço da nossa rede móvel, com destaque para a cobertura do 5G em 181 municípios, que representam 47% da população brasileira, além do investimento na ampliação da rede de fibra”, destacou a Vivo, em trecho do balanço.
A operadora ainda informou que a evolução de 13,6% do lucro antes de juros e impostos (EBIT) contribuiu para a expansão do lucro líquido no período.