Telefônica registra queda de 23,2% no lucro do 2º trimestre
A Telefônica Brasil divulgou hoje, 26, logo após o fechamento do mercado de ações seu balanço financeiro para o segundo trimestre. No período, apurou receita de R$ 10,5 bilhões, maior 0,8%. O lucro líquido, no entanto, caiu 23,2%, para R$ 699,5 milhões, quando comparado a igual período de 2015. O lucro foi reduzido devido a custos financeiros necessários à incorporação da GVT.
O endividamento líquido caiu em um ano, de R$ 4,2 bilhões para R$ 2,9 bilhões em função da venda de torres e geração de caixa. A empresa ainda vai continuar com um plano de eficiência para reduzir mais os custos, que caíram 0,4%, para R$, 7,3 bilhões. E mantém a previsão de renegociar contratos com prestadores de serviços técnicos para buscar mais economia.
Como as concorrentes, a Telefônica também reduziu o valor investido ao longo do trimestre. Fez aportes de R$ 1,77 bilhão, ante CAPEX de R$ 2,06 bilhão nos mesmos meses do ano passado. A quantidade de clientes também retrocedeu (9,1%). A Telefônica encerrou junho com 97 milhões de acessos, dos quais, 73,3 milhões eram móveis, e 23,7 milhões, fixos. Houve queda no número de clientes em ambos os casos, mas a maior perda se deu na telefonia móvel (-11,3%). O churn mensal ficou praticamente estável, em 3,3%, embora tenha crescido 0,4 pp, para 4,3% no pré-pago.
Em compensação, a limpeza de base resultou em melhora da receita média por usuário (ARPU), que subiu de R$ 23,5 para R$ 27,2, uma melhora de 15,9%. Apenas com dados, o ARPU aumentou 40%. Diante desse número, a operadora diz que manterá sua estratégia de negócios centrada em dados, “combinada com a captura de sinergias e iniciativas de eficiência”. A receita com dados e SVA cresceu 24% ano a ano. Com internet móvel, houve aumento de 37,9%.
A empresa também destaca a evolução em M2M, mercado no qual cresceu 16,7% em um ano. A conexão máquina a máquina atinge 4,6 milhões de clientes.
A receita operacional líquida móvel aumentou 2,6% em um ano, para R$ 5,9 bilhões. A fixa, 0,1%, para R$ 4,2 bilhões. O EBITDA da companhia foi de R$ 3,2 bilhões, melhora de 3,7%. No segmento móvel, a empresa continua a enfrentar a queda de geração de receita com interconexão (-14,3%) em função da redução da tarifa VU-M.
As sinergias obtidas pela fusão com GVT continuam a ser colhidas. Segundo a empresa, no semestre houve ganho de R$ 149,2 milhões em receita, de EBIDA de R$ 276,7 milhões e de CAPEX evitado de R$ 263,6 milhões. A estimativa é que, no período, a sinergia para o fluxo de caixa direto tenha sido de R$ 556,6 milhões. Somado a sinergias operacionais e fiscais, a empresa já colheu o equivalente a R$ 12,2 bilhões, ou 87% do valor base estimado em sinergias para a operação.