Tráfego nas redes da América Latina vai crescer 8x até 2022

Estudo da Ericsson aponta que mundo terá 8,9 bilhões de usuários móveis até lá, e a maioria vai usar banda larga em vez dos serviços tradicionais

mobility-report-latam-ericssonA Ericsson publicou ontem, 15, a nova edição do Mobility Report, seu relatório sobre o estado da conectividade móvel no mundo. O material indica que haverá uma explosão no consumo de dados na América Latina, puxada pela demanda por vídeo.

Os latino-americanos vão passar dos atuais 1,6 Gb ao mês de consumo, em média, para 9,6 Gb ao mês. As redes terão de suportar um tráfego de nada menos que 5,5 ExaBytes ao mês – atualmente, trocam 0,7 Exabytes ao mês em 2022 – um crescimento de quase oito vezes.

A região terá 790 milhões de assinantes móveis, ante os atuais 705 milhões. Do total, 590 milhões de pessoas usarão smartphone, um crescimento de 6% ao ano. E 10%, ou seja, 70 milhões dos acessos, serão LTE.

Segundo o material, há atualmente 7,5 bilhões de usuários de celular no planeta. Número que vai saltar para 8,9 bilhões em 2022. As assinaturas de banda larga móvel estão crescendo cerca de 25% por ano, tendo um aumento de aproximadamente 190 milhões apenas no 3º trimestre de 2016. O número total de assinaturas de banda larga móvel agora gira em torno de 4,1 bilhões.

No mundo, o tráfego de vídeo móvel deve crescer cerca de 50% por ano até 2022 e será o responsável por praticamente 75% de todo o tráfego de dados móveis. As redes sociais são o segundo maior tipo de tráfego de dados depois de vídeo e devem crescer 39% anualmente ao longo dos próximos seis anos.

Também o 5G, grande aposta da indústria para reavivar investimentos no setor, desponta no relatório. A previsão é que hajam 550 milhões de assinaturas 5G em 2022. Segundo previsões, a América do Norte será a líder de captação de assinaturas 5G em 2022, com um quarto de todas as assinaturas móveis sendo 5G.

A região da Ásia Pacífico será a segunda maior área de crescimento para assinaturas 5G, com 10% de todas as assinaturas sendo 5G em 2022. Enquanto isso, a região da América Latina deve atingir 2 milhões de assinaturas 5G durante o mesmo período.

A internet das coisas terá 18 bilhões de dispositivos conectados até 2022. Aproximadamente 100 milhões de dispositivos celulares globais da IoT estarão na América Latina.

O estudo conclui cobrando dos governos a oferta de mais espectro para permitir a implementação da 5G. A empresa pede liberação de faixas acima de 24 GHz a até 86 GHz (para o backhaul), as UHF (450 MHz em diante), de 600 MHz e de 3,5 GHz para a quinta geração.  Mas espera também o uso da banda C (3,4 a 3,7 GHz) e banda L (1,4 a 1,5 GHz para o 4G. Orienta, também flexibilização dos limites de frequência a ser explorados pelas operadoras.

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Da Redação

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