Venda da operação da Telefónica na Costa Rica fracassa

Telefónica avisou que vai acionar a Millicom na Justiça dos Estados Unidos por não cumprimento de contrato. A compradora diz que pendências regulatórias a desobrigam de levar a cabo a aquisição.

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O grupo latino-americano de telecomunicações Millicom desistiu de comprar os ativos do grupo Telefónica na Costa Rica. Agora, a Telefónica ameaça levar a questão à Justiça. Em comunicado entregue ao xerife do mercado de capitais da Espanha, o grupo dono da Vivo no Brasil, avisa que tão logo os tribunais de Nova York saírem da quarentena motivada pela pandemia de Covid-19, irá protocolar a ação.

No processo, vai exigir que a Millicom honre o contrato e de fato compre as operações costarriquenhas. No momento, os tribunais de Nova York só recebem processos considerados emergenciais.

A venda aconteceu no começo de 2019. Desde então as empresas obtiveram todas as aprovações levais para selar o negócio. Mas a Millicom não o concluiu. Em vez disso, avisou que estava desistindo. Segundo a Telefónica, a desistência representa quebra de contrato.

Nas ações legais, a Telefónica diz que vai exigir o cumprimento do que foi pactuado no acordo e o ressarcimento de todos os danos e prejuízos que o não cumprimento “injustificado” possa ter acarretado ao grupo.

Pelo acordo, a Millicom pagaria US$ 570 milhões à Telefónica pelas operações na Costa Rica. Depois de assinado o contrato, os ativos registraram aumento nas receitas e no EBITDA. Ao todo, a operadora costarriquenha tem 2,3 milhões de clientes.

O que diz a Millicom

A Millicom, por sua vez, diz que ainda falta “certas” aprovações regulatórias que, pelo contrato firmado, devem se dar até 1º de maior deste ano. Se isso não ocorrer, não haverá compra. Assim, a empresa afirma “refutar vigorosamente” as alegações da Telefónica de que houve rompimento de contrato de sua parte e ressalta que vai se defender judicialmente das acusações.

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Rafael Bucco

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