Vêm aí plataformas de altas altitudes e faixa da banda C para telefonia móvel

A faixa entre 4.800 e 4.990, que hoje é dos satélites, poderá ser destinada para a telefonia móvel, para segurança pública e defesa civil.

O Plano de Uso de Espectro aprovado ontem, 18, pela Anatel prevê a destinação de um pedaço da banda C – que vai ficar liberada com a migração dos canais de TV para a banda KU – para a telefonia móvel. Conforme o documento, o fórum internacional de padronização, 3GPP, já estabeleceu que a frequência entre 4.400 MHz a 5.000 MHz seria destinada para os serviços móveis.

Mas a agência ressalta que uma grande parte desse bloco é, no Brasil, ocupada pelas operadoras de satélite, que prestam o serviço de TV, que são considerados muito importantes para o país. Assim, o documento sugere que apenas um pedaço da frequência que ficará liberada com a migração dos canais da TV entre 4.800 MHz e 4.990 MHz seja destinado para a telefonia móvel.

Um pedaço dessa faixa será destinado para a segurança pública  e defesa civil e outro pedaço será guardado  para evitar interferência ao sistema fixo por satélite.

HAPS

A última conferência de radiofrequência da UIT, realizada em 2019, identificou várias frequências para uso por sistemas do serviço fixo com estações em plataformas de alta altitude (do inglês High Altitude Platform Station – HAPS). Conforme o documento, “as estações em plataforma de alta altitude representam uma opção de infraestrutura para a prestação de serviços de telecomunicações compatíveis com o serviço fixo. Como exemplo, as estações HAPS poderiam ser utilizadas para suporte à operação do SMP em áreas mal atendidas”.

A Anatel deverá acompanhar a decisão da UIT que direcionou as faixas de 31-31,3 GHz e 38-39,5 GHz (globalmente) e 21,4-22 GHz, 24,25-27,5 GHz (para a Região 2) o  HAPS.

Leia aqui a íntegra do Plano:

Plano_de_Uso_do_Espectro_Fev_2021

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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