Varejo paulista cresce 24,8% no primeiro semestre

Somente no mês de junho, o varejo paulista demonstrou um acréscimo de 5,9% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
Varejo paulista cresce 24,8% no primeiro semestre - Crédito: Freepik
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No primeiro semestre deste ano, o varejo paulista apresentou um aumento de 24,8% nas vendas, de acordo com a FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo). O balanço realizado pela entidade, com a participação das principais CDLs do estado, aponta que o setor varejista mostra sinais de recuperação e segue otimista para o segundo semestre.

De acordo com a entidade, o impacto positivo pôde ser visto durante os primeiros seis meses do ano, já que as vendas mostraram um bom desempenho desde janeiro. Somente no mês de junho, o setor demonstrou um acréscimo de 5,9% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

Em 2021, mesmo com os avanços na flexibilização do Plano São Paulo, o varejo não atingiu o volume de vendas de 2019. A redução no horário de funcionamento e a capacidade limitada de receber os clientes no ambiente físico impactaram diretamente o volume de vendas que, consequentemente, apresentaram um baixo índice. Já em 2022, o avanço da vacinação e o aumento da confiança do consumidor possibilitaram um cenário mais animador.

Segundo os lojistas, o Dia das Mães foi a data sazonal que mais contribuiu para o alto volume de vendas. O setor de vestuário e calçados foi o que mais pôde sentir o volume de vendas, seguido de eletrônicos e cosméticos, conforme apontam as CDLs da região metropolitana da cidade, interior e litoral.

“Com os estabelecimentos abertos e funcionando normalmente, as datas comemorativas voltam a apresentar um bom desempenho de vendas, além do aumento no fluxo de pessoas que, neste ano, bares e restaurantes devem receber 30% a mais de clientes, o que dá sinais de recuperação em um setor totalmente afetado pela pandemia”, explica o presidente da FCDLESP, Maurício Stainoff.

Expectativas para o segundo semestre

Mesmo com boas expectativas, a entidade reforça que a alta da inflação e o desemprego refletem diretamente no desempenho do setor. Por isso, medidas como a liberação do FGTS, pagamento 13° salário e programas governamentais são essenciais para a manutenção ativa do varejo.

O comércio varejista espera ainda que a Copa do Mundo atraia mais pessoas às lojas e estima um aumento de 12% no fluxo de vendas. A expectativa é de que, com as datas sazonais do período, como Dia das Crianças e Black Friday, as lojas recebam uma demanda maior de compra.

Para suprir esta demanda, a entidade projeta que o setor tenha abertura de vagas temporárias no último trimestre do ano. Apenas na capital de São Paulo, 25 mil vagas devem ser abertas.

“O varejo tem apresentado bons índices, o que ajuda na recuperação. Com o avanço na vacinação, podemos falar, na prática, de uma retomada do varejo. Esperamos que até o final do ano, as vendas se equilibrem com o último ano antes da chegada da pandemia, 2019”, finaliza Stainoff.

(com assessoria)

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Redação DMI

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