V.tal vai construir usinas solares em Pernambuco e Minas Gerais
A operadora de rede neutra V.tal vai investir em usinas solares e produzir energia para uso próprio. Nesta segunda-feira, 20, a Superintendência-Geral do Cade aprovou, sem restrições, a assinatura de dois acordos entre a tele e as empresas do setor de fontes renováveis Atiaia Energia, do Grupo Cornélio Brennad, e Atlas Brasil Energia, do GIP – Global Infraestrutura Partners, fundo dedicado a aportes em infraestrutura.
No primeiro caso, serão criados dois consórcios entre uma empresa do grupo V.tal e as subsidiárias Sol do Agreste Geração de Energia Ltda. e Solar do Nordeste Energia Renovável Ltda, ambas da Atiaia. Os consórcios “irão viabilizar o projeto de autoprodução de energia elétrica para futura exploração compartilhada” pelos empreendimentos Sol do Agreste I, IV e V, complexo fotovoltaico localizado nos municípios de Tacaimbó e São Caetano, no estado de Pernambuco.
No segundo caso, serão 9 consórcios de autoprodução de energia elétrica, para futura exploração compartilhada entre V.tal e Atlas de usinas solares instaladas no complexo fotovoltaico localizado em Arinos e Buritizeiro, Minas Gerais.
“A V.tal confirma que está em curso a constituição de dois consórcios, com as empresas Atlas Renewable Energy e Atiaia Renováveis, como parte de um projeto de autoprodução de energia elétrica. A empresa acrescenta que a energia produzida será utilizada exclusivamente para atender às necessidades de suas operações como empresa de soluções de infraestrutura digital”, respondeu ao Tele.Síntese.
Os negócios dependem ainda da aprovação da Aneel pra serem concluídos. Segundo a V.tal, os acordos representam “a materialização da autogeração de energia elétrica para a operação parceiros estratégicos que atendem aos requisitos técnicos estabelecidos”. Já Atiaia e Atlas afirmaram ao Cade que os contratos são oportunidades relevantes de negócio na área em que atuam. Os valores não foram revelados.
Como a V.tal não é do segmento e os consórcios terão menos de 10% do mercado de energia após a constituição, a SG do Cade entendeu que os acordos não oferecem riscos. “A Operação não possui o condão de acarretar prejuízos ao ambiente concorrencial, recaindo a Operação na hipótese de procedimento sumário”, concluiu.