Unifique vai facilitar uso de sua rede por terceiros

Unifique está criando um sistema de contratação em nuvem de portas de rede. Empresa tem 2 milhões de portas, a maioria no Sul do país.

NOC da Unifique (foto: divulgação)

A Unifique pretende facilitar o acesso de atacado a sua rede óptica por outros provedores de internet ou operadoras de telefonia, contou Jair Francisco, diretor de mercado da empresa nesta terça-feira, 18. Segundo ele, a empresa está desenvolvendo mecanismos que reduzem a burocracia para contratação de portas e seja ágil, de forma semelhante à contratação de nuvem.

“No processo tradicional de aquisição de uma porta com uma operadora no atacado, é preciso entrar em contato com a operadora, passar endereço de viabilidade, uma equipe vai ver se tem viabilidade, vai então passar um orçamento. Nós trabalhamos em um mecanismo muito mais fácil no qual dou acesso a um sistema de consulta e a uma tabela de preço fechada, e o cliente vai habilitando as portas [que desejar]”, explicou ao Tele.Síntese.

Atualmente já é possível a parceiros arrendarem portas da Unifique, mas o processo é “engessado”. Com o uso de tecnologia, ele espera tornar tudo mais fácil. Com mais rapidez, diz, a empresa pode rentabilizar a infraestrutura óptica que possui. “Hoje é uma necessidade [compartilhar infraestrutura]. Eu tenho 650 mil clientes e 2 milhões de portas. Então eu tenho essa porta para vender”, falou.

Segundo ele, a modelagem do negócio ainda está sendo definida. A expectativa é de que este sistema de comercialização de portas seja lançado ainda este ano. Trata-se, observou, de um passo rumo à elaboração de ofertas de rede neutra. “Rede neutra, de fato, no Brasil, eu acredito que ainda ninguém tem, é algo muito mais complexo”, avaliou. Ele participou de evento em São Paulo do site Teletime.

A Unifique cogita lançar rede neutra no futuro, embora não seja possível precisar quando. Diz que a empresa já trabalha em soluções capazes de virtualizar redes dentro de sua infraestrutura, que podem então ser utilizadas pelos clientes de atacado sem enxergar nenhum outro ocupante da fibra. “Mas é um contrato desse é muito grande e complexo, não vai ter este ano”, observou.

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Rafael Bucco

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