Cade aprova, sem restrições, compra da IPNet pela Telefônica Vivo
Em despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 16, a Superintendência-Geral (SG) do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra da provedora de serviços em nuvem IPNet pela Telefônica Vivo. O negócio, anunciado no mês passado, foi avaliado em até R$ 230 milhões.
Na decisão, o órgão considerou que a operação não gera preocupações concorrenciais, em razão de as empresas não possuíram, ainda que juntas, parcela relevante nos mercados de serviços de TI e nuvem. Em síntese, o Cade classificou as estimativas de participação de mercado como “reduzidas”.
Em sua análise, a SG indicou que a atividade conjunta das empresas fica abaixo de 20% de market share (percentual do qual se presume posição dominante e possibilidade de exercício de poder de mercado) no que diz respeito aos serviços de TI.
No caso dos serviços em nuvem – incluindo housing (colocation) e hosting, espécie de locação de espaços físicos em data centers, oferecidos pelo Grupo Telefônica –, a avaliação é de que a participação não chega a 30%. Para o Cade, isso aponta “ausência de capacidade de fechamento também deste mercado após a operação”.
Negócio
Com a concretização do negócio, a IPNet será incorporada à Telefônica Cloud e Tecnologia do Brasil (TCloud), subsidiária da tele. A aquisição envolve as duas operações do Grupo IPNet, a IPNet Serviços em Nuvem e Desenvolvimento de Sistemas e a IPNet USA.
A provedora atua como parceira do Google Cloud, o braço de computação em nuvem do Google, no Brasil, o que deve enriquecer o portfólio de serviços de TI da Vivo. A IPNet também revende softwares e sistemas e presta serviços profissionais e gerenciados relacionados à tecnologia digital.
Quando da divulgação do negócio, a Telefônica Vivo salientou que a operação reforçaria o seu ecossistema de serviços B2B.