Um cenário positivo para energia renovável no país

Políticas públicas para transição energética devem impulsionar novos negócios.  
Energia renovável. Crédito Freepik
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Durante a 15ª Cúpula dos BRICS, realizada em agosto na África do Sul, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou um contrato de empréstimo no valor de US$ 500 milhões com o CDB (China Development Bank). O valor é para investimentos em “alta tecnologia, energia e economia verde”, incluindo diversas áreas.

Em comunicado, o banco explicou que os investimentos, nas condições previstas nas políticas operacionais da instituição, poderão ser feitos em diversos setores, como infraestrutura, energia, agenda ESG, mudança climática e desenvolvimento verde, entre outros.

O incentivo do governo coincide com um momento em que o país se destaca na geração de energias renováveis. A energia solar é a fonte renovável mais competitiva do país e uma alavanca para o desenvolvimento social, econômico e ambiental, com geração de emprego e renda.

A fotovoltaica já ocupa a segunda posição em tecnologia de geração de energia elétrica – responde por 15% da matriz elétrica brasileira, com 33,5 GW de capacidade instalada –, gerou 1 milhão de postos de trabalho e acumulou mais de R$ 163 bilhões de investimentos, no período de 2012 a 2023, conforme os dados da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

Brasil

O mercado brasileiro é o quarto maior no mundo em termos de potência adicionada no último ano e figura no TOP 10 das nações com mais capacidade instalada da tecnologia fotovoltaica, seja nas grandes usinas, seja nos pequenos sistemas de geração distribuída.

O Brasil também é um dos principais mercados para o futuro da mobilidade elétrica. O hidrogênio verde (H2V) pode ser transformado em combustível ou eletricidade. De acordo com a Agência Internacional para as Energias Renováveis, pelo menos 6% da energia consumida no planeta estará ligada ao hidrogênio até 2025.

A expectativa é que o Brasil crie uma regulação com as principais diretrizes para a produção do H2V. O tema está na pauta da Câmara dos Deputados, que planeja impulsionar a agenda da economia verde neste segundo semestre. E esse processo deve começar com o avanço de três projetos: os marcos legais do hidrogênio verde, das eólicas offshore e do mercado de carbono.

A unidade de negócios Huawei Digital Power está presente no país e dispõe de soluções digitais para a geração, armazenamento e distribuição de energia fotovoltaica, incentivando o desenvolvimento inteligente de uma matriz energética mais limpa e de baixo carbono.

25 anos no Brasil

Em sua trajetória de 25 anos no país, a Huawei tem se destacado pela forte presença nas redes de telecom e em parcerias com mais de 26 instituições de pesquisa. Agora, a expectativa do governo é que a empresa traga uma contribuição para a internet significativa e a transição energética.

Para o chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais do Ministério de Minas e Energia, Luís Guilherme Cintra, a empresa, que tem grande atuação na área de energias renováveis, poderá ter um papel importante com seus equipamentos para a política de transição energética que está sendo elaborada pelo governo Lula. “Um desses programas será o de descarbonização da Amazônia, pois a região ainda usa muito combustível fóssil para gerar sua energia”, disse Cintra, em evento que comemorou os 25 anos da Huawei no Brasil.

Acordos

Ao comemorar o jubileu de prata, a Huawei anunciou parcerias de cooperação com o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (o “Conselhão”), com a International Union for the Conservation of Nature (IUCN) e com a Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) para o desenvolvimento de projetos de inclusão social, digital e preservação do meio ambiente.

“Essas parcerias fazem parte do compromisso da Huawei com o Brasil. A Huawei sempre trabalhou para o desenvolvimento social e digital do país, e o Tech4All está alinhado com o objetivo de um futuro conectado, inteligente e sustentável”, afirmou Atilio Rulli, vice-presidente de Relações Públicas da Huawei na América Latina.

O Tech4Nature é um projeto global da Huawei que tem como objetivo aumentar o sucesso na conservação da natureza por meio da inovação tecnológica digital. O Brasil será um dos países que fará parte da fase 2 do Tech4Nature. De acordo com Rulli, a “Huawei replicará um projeto com a IUCN na região Norte do Brasil, na costa leste da Ilha do Marajó, para a preservação ambiental e inclusão social e digital”.

 

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Da Redação

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