UIT transforma o release 15 da 3GPP em padrão mínimo global para a 5G
A União Internacional de Telecomunicação (ITU), braço da ONU para o setor, aprovou a especificação 3GPP NR como padrão para o sistema IMT-2020. Os documentos foram publicados ontem, 1º. Trocando em miúdos, a entidade acatou a proposta da 3GPP de fazer do release 15 os requisitos mínimos exigidos para se ter uma rede 5G.
Ficou definido que redes 5G podem ser LTE ou totalmente feitas do zero, já no padrão “New Radio” (NR). E que precisam atender a requisitos de entrega de serviços de ultra banda larga móvel (eMBB), comunicação de baixíssima latências (URLLC) e comunicação máquina a máquina massiva (mMTC).
A quinta geração também fica caracterizada por agregar até 640 MHz de banda, e ser capaz de entregar velocidades máximas teóricas para todo esse espectro de 32 Gbps de donwload e 13,6 Gbps de upload.
O padrão foi debatido por cinco anos antes de se tornar a definição global com a aprovação na UIT. A finalidade disso consiste em promover compatibilidade mundial, roaming internacional e acesso aos serviços em diversos cenários de uso.
Em nota, a Associação Global de Fornecedores Móveis (GSA) comemorou a definição do padrão desenvolvido na 3GPP como especificação global. “Estamos muito satisfeitos em receber a aprovação do 3GPP NR como uma especificação global IMT-2020 e o que isso significa para o ecossistema móvel“, afirmou Joe Barrett, presidente do GSA.
A padronização chega com um pequeno atraso. Conforme o cronograma feito pela União em 2015 para o desenvolvimento do 5G, o IMT-2020 deveria ter saído em outubro do ano passado.
Na proposta do edital 5G de Carlos Baigorri, conselheiro da Anatel, a padronização global é uma das bases para a realização do leilão. A minuta já prevê todas as funcionalidades do 5G no Brasil padronizadas para o IMT-2020. (Com assessoria de impressa)