TV Alphaville negocia com ISPs para preservar o Self TV

Fruto de projeto descontinuado dentro da TIM, serviço de TV paga pela internet negocia presença em set-top boxes de Apple, Google e Roku.

A TV Alphaville busca meios de fazer o produto Self TV sobreviver após a TIM desistir de comerciálizá-lo quando encerrou o projeto Blue Box no Brasil.

Segundo Cristina Budeu, CEO da TV Alphaville, a TIM abandonou o Blue Box em função do aumento de custos com o set-top box, que custava US$ 80 FOB, valor que se tornou inviável quando o dólar superou a barreira dos R$ 4,00 ano passado.

Mas, fruto da parceria, o Self TV sobrevive. Ela não diz quantos clientes o serviço tem, mas garante que os poucos usuários não querem encerrar as assinaturas. A executiva palestrou no Broadband Latin America, que acontece hoje, 22, em São Paulo.

O Self TV é um pacote de canais lineares de TV paga, entregues por rede IP, privada. Agora, a TV Alphaville negocia com ISPs para oferecer o serviço, que custa R$ 29,90.

“Acredito que a TV paga como conhecemos vai desaparecer. O que deve sobreviver são os canais de notícias e esportes. Os demais vão migrar todos para modelo OTT”, diz a executiva.

Ela conta que a empresa negocia com Google, Apple e Roku formas de inserir o aplicativo da Self TV em seus set-top boxes. Também está em conversas avançadas com a Sony para embarcar o app em smart TVs. “Só não conseguimos criar um aplicativo que funcione sem ser em rede não privada por pressão das programadoras”, conta.

Também pensa em criar um “produto de prateleira” para ISPs, em que o Self TV seria ofertado junto com a licença SeAC da TV Alphaville para os IPS que não tiverem a licença. A única condição seria o ISP ter uma rede de fibra. O modelo de negócio seria de compartilhamento de receita.

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Rafael Bucco

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