Tribunal dos EUA nega pedido da China Telecom para permanecer no país

A corte argumentou que a companhia não havia cumprido "requisitos rigorosos" para continuar sua atuação no país durante a revisão do tribunal

Tribunal dos EUA nega pedido da China Telecom para permanecer no país

A China Telecom teve seu pedido para permanecer nos Estados Unidos negado pelo tribunal de apelações dos Estados Unidos. A operadora chinesa havia entrado com recurso contra uma decisão da Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos EUA. De acordo com a corte, a companhia “não cumpriu os requisitos rigorosos para uma suspensão até revisão do tribunal”.

A provedora de telecom havia entrado com pedido de recurso no meio de novembro e teve seu pedido rejeitado em 3 de dezembro. Agora, terá de retirar seus serviços do país já no próximo mês. A FCC enviou ao tribunal uma petição em que defendia sua posição inicial publicada no fim de outubro.

A Comissão afirmou que a companhia havia falhado em comprovar que não representava risco à infraestrutura de telecom dos EUA. A agência ainda comentou que a China Telecom estava sob influência do governo chinês, que poderia utilizar  as redes da empresa para, até mesmo, espionagem. No documento, a FCC disse duvidar que o tribunal acataria o pedido de recurso da provedora.

A expulsão da China Telecom dos EUA não deve representar grande baque financeiro para a operadora. De um total de US$ 60 bilhões de receita anual, apenas US$ 200 milhões vinham de suas operações nos EUA.

Outra operadora chinesa na mira da FCC é a China Unicom. “Nós estamos nos movendo expeditamente para completar nossas revisões de segurança para operadores situados de forma similar, como China Unicom Americas, Pacific Networks e ComNet”, declarou a presidente do FCC, Jessica Rosenworcel em outubro.

Em março deste ano, a Comissão iniciou um processo para revogar também a licença de atuação da China Unicom nos EUA, sob a mesma justificativa de ameaças à segurança do país. Em 2020, a agência emitiu uma ordem para que a operadora explicasse porque não deveria ter sua licença revogada. Os argumentos da companhia, porém, não foram suficientes, conforme a FCC.  (Com assessoria de imprensa e agências internacionais)

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Da Redação

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