China Unicom pode perder sua licença de atuação nos EUA

A agência argumentou que a medida objetiva proteger as infraestruturas de telecom do país e que a China Unicom falhou em dissipar as preocupações do órgão quanto a possíveis ameaças de segurança

A Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC) iniciou hoje, 17, um processo para revogar a licença de atuação da operadora estatal chinesa, China Unicom Global. A provedora fornece serviços interestaduais e internacionais no país por meio de sua subsidiária China Unicom Americas. A agência afirmou que a ação visa proteger a infraestrutura de telecomunicações dos Estados Unidos de “ameaças potenciais à segurança”.

De acordo com a FCC, a China Unicom Americas é controlada indiretamente pelo governo chinês. Em 2020, a FCC emitiu uma ordem que exigia a subsidiária explicações de por que o órgão não deveria anular sua licença. Hoje, a Comissão decidiu que os argumentos da operadora não foram suficientes para “dissipar as sérias preocupações” do órgão.

Nessa primeira fase, a China Unicom Americas deverá responder perguntas adicionais relacionadas ao processo. Mais tarde, a FCC dará abertura para que a operadora, agências do Poder Executivo interessadas e público apresentem argumentos ou evidências sobre o caso.

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criou uma lei em 2020, segundo a qual operadoras consideradas uma ameaça à segurança nacional perderiam licença para atuar no país. Os Estados Unidos têm pressionado as empresas chinesas como forma de ultrapassar as conquistas da China no 5G e recuperar o seu próprio atraso na quinta geração.

Como parte dessa agenda, recentemente, a FCC divulgou um plano para acelerar a implantação do 5G. Além disso, incluiu outras três empresas chinesas à sua lista de entidades que ameaçam a segurança nacional. Elas, agora, se juntam a Huawei e a ZTE e ficam proibidas de usar o Fundo de Serviço Universal(Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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