TIM vai reduzir R$ 4,5 bi de investimentos e gastos até 2018

A TIM apresentou hoje,26, o seu novo plano industrial, quando refaz a previsão de investimentos (Capex) e custeios (Opex) para o próximo triênio, até 2018. E os cortes serão profundos. No total, e sob nova direção, a operadora pretende reduzir em R$ 4,5 bilhões - para R$ 12 bilhões e não mais R$ 16,5 bilhões o "cash cost" da companhia. Isso significa menos R$ 1,5 bilhão no Capex (que vai cair para cerca de R$ 12,5 bi nos próximos três anos e menos R$ 1,7 bi no Opex.

nova marca TIM

A TIM apresentou hoje,20, o seu novo plano industrial, onde pretende fazer  mais com muito menos. Até 2018, quer cortar R$ 4,5 bilhões às projeções anunciadas anteriormente (sob a gestão de Rodrigo Abreu e Marco Patuano), agora sob a gestão de Stefano De Angelis, que já foi também CFO da empresa. Foram anunciados cortes de pelo menos R$ 1,5 bilhão em investimentos até 2018, quando as projeções do Capex ficarão em cerca de R$ 12,5 bilhões, contra os mais de R$ 14 bi projetados inicialmente. Além disso, além dos R$ 700 milhões de economias em custos projetados  serão feitos novos cortes para economizar outro R$ 1 bilhão em Opex.

Para De Angelis, esse período de transição – com a macroeconomia instável e forte pressão nos negócios – irá diminuir em 2017, quando a empresa espera contar com aumento na receita móvel, recuperação do market share e mais racionalidade do mercado. O executivo vê melhoras nos indicadores econômicos a partir do segundo semestre deste ano, com perspectiva de aumento de PIB e queda de inflação mais acelerados. A TIM teve queda de receitas e de lucros no segundo trimestre deste ano.

De Angelis assegurou que a empresa não irá mudar o foco , e vai continuar a construir a sua rede de 4G e de comunicação de dados. Tanto que, afirmou, decidiu ampliar a cobertura  das cidades com 3G com 4G ao que havia sido planejado anteriormente. “Não vamos colocar em risco os dados”, assegurou.

Segundo o executivo, no próximo ano a cobertura 3G da TIM atingirá 92% da população, ficando similar à 2G, com 1,8 mil cidades com cobertura. Já na 4G, a intenção é também chegar a 92% da população coberta, mas em bem menos cidades, alcançando pelo menos 600 municípios.

Para conseguir tal façanha, os executivos da operadora explicaram que estão renegociando os contratos com os fornecedores em condições bem mais vantajosas. “Quem tem dinheiro na mão, como nós, está conseguindo descontos inimagináveis há um ano”, comemora o empresário. Por isso, inclusive a empresa resolveu também já fechar as compras para o uso da frequência de 700 MHz.

Opex

Nos cortes que virão do Opex, 70% serão sobre os custos fixos. Assim planejados do total de R$ 1,7 bilhão:

Otimização de processos – redimensionamento de SAC. Economia de R$ 400 milhões

Reengenharia de processos – renegociação de serviços de terceiros, atendimento digital. Economia de R$ 300 milhões

Redesign dos Canais de Venda – redução dos custos de recarga, entre outros. Economia de R$ 200 milhões

Otimização de custos de TI e Rede – consolidação de fornecedores, custo de energia. Economia de R4 200 milhões

Racionalização de custos discricionários – Economia de R$ 100 milhões

Projeto zero linhas alugadas – Economia de R$ 300 milhões

Outras economias de rede – Ran sharing. Economia de R$ 200 milhões.

 

 

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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