TIM vai implementar Massive MIMO em 200 cidades ainda em 2020

Fornecedores serão Ericsson e Huawei. O CTIO Leonardo Capdeville disse que empresa está interessada no espectro de 2,3 GHz no próximo leilão da Anatel, uma vez que 20% dos celulares são compatíveis com essa frequência.

A TIM prevê triplicar a velocidade de sua rede móvel 4G com o uso da tecnologia Massive MIMO. Durante conferência de resultados trimestrais realizada hoje, 30, os executivos da companhia explicaram que os testes foram realizados nos últimos meses e muito bem-sucedidos. E que os fornecedores acabam de ser escolhidos.

Eles não revelaram quais são os fabricantes que vão implantar a tecnologia. Na última semana, o diretor de engenharia da TIM, Marco di Costanzo, disse que a empresa havia fechado contrato com dois fornecedores para melhorar o desempenho da rede móvel, sendo “um ocidental e outro oriental”. Ele também não revelou nomes. O Tele.Síntese apurou que os escolhidos foram Ericsson e Huawei.

O Massive MIMO usa tecnologia de emissão de sinal por múltiplas antenas para acelerar a troca de dados entre o terminal e a rede da operadora. Enquanto o MIMO tradicional recorre a quatro antenas para irradiar e receber sinal de um aparelho, o Massive MIMO usa dezenas delas.

No caso da TIM, espera-se que isso aumente a eficiência espectral e energética de rede. Para começar, sites em 200 cidades receberão a tecnologia neste ano. A intenção é que a maior parte da rede tenha Massive MIMO até o final de 2022, como estabelecido no plano trienal do grupo.

Leilão 5G

O Massive MIMO é uma das tecnologias que vão tirar vantagem da 5G. Tê-lo implementado já prepara a rede para a adoção da nova tecnologia, em mais frequências. Os executivos da operadora reiteraram que vão lançar em três cidades a tecnologia de quinta geração móvel em setembro, adotando principalmente como modelo de negócio a venda de banda larga fixa através da rede móvel, conhecida como FWA.

Lenardo Capdeville, CTIO da operadora, reiterou hoje, na conferência, que a TIM vai participar do próximo leilão de espectro da Anatel. O interesse é levar frequência adicional em 700 MHz, além das demais em 3,5 GHz, ondas milimétricas e 2,3 GHz.

“Os 2,3 GHz também são interessantes. Hoje em dia 20% dos celulares conectados a nossas redes suportam a frequência de 2,3 GHz”, apontou.

O CEO da empresa, Pietro Labriola, lembrou ainda que a TIM fechou acordo de compartilhamento de rede móvel com a Vivo, o que permitirá à TIM liberar frequências de 2G e 3G para 4G e a 5G.

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Rafael Bucco

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