TIM tem margem para continuar a aumentar EBITDA, diz CEO

Stefano De Angelis afirma que, no médio prazo, tele pode economizar quase R$ 600 milhões reduzindo comissão de recarga no pré-pago de parceiros e R$ 700 milhões digitalizando gestão da base de clientes.

 

 

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A TIM entregou o mais alto EBITDA já registrado, desde que começou a operar no país para um terceiro trimestre neste ano. Mas ainda tem bastante espaço para aumentar seu fluxo de caixa, graças à previsão de redução de despesas. Segundo o CEO da operadora, Stefano de Angelis, serão realizadas, no médio prazo, iniciativas para diminuir custos que vão ter efeito positivo direto sobre a rubrica.

“Hoje a gente gasta R$ 700 mi em gestão da base de clientes. Com uma digitalização disso, o custo seria quase zerado. E temos projetos para que esse valor possa se reduzir no médio prazo. Será um ganho puro no EBITDA em vários pontos porcentuais”, afirma.

Ele prevê mudar, também, a política de remuneração dos parceiros de recarga de créditos no pré-pago. “A comissão de recarga hoje é 7%, quando a prática comum é de metade desse valor. Estamos falando de outros R$ 600 milhões [de economia]”, observou.

Juros sobre capital da TIM

Com um caixa mais robusto, ele afirma que a empresa estará mais prepara para enfrentar “desafios futuros” de mercado. E lembrou que poderá intensificar a política de retorno aos acionistas. A TIM retoma este mês o pagamento de juros sobre capital próprio, distribuindo R$ 190 milhões aos detentores de papeis da tele.

O executivo conta que o valor distribuído deverá crescer nos próximos anos, e que essa distribuição será “recorrente”. Não diz, no entanto, qual o intervalo que pretende adotar para pagar JSCP.

“Chamo o valor de R$ 190 milhões de warm up. Vai ser uma forma recorrente de distribuição de valor aos acionistas”, falou. Ele participou hoje, 8, de conferência de resultados com analistas de mercado e jornalistas.

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Rafael Bucco

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