TIM reestrutura fornecedores no móvel: escolhe Nokia e Huawei

CTO da TIM diz que Ericsson segue dando manutenção para equipamentos existentes, mas que Nokia e Huawei serão as responsáveis pela expansão a partir de agora.

(crédito: Freepik)

A TIM concluiu uma reestruturação na sua cadeira de fornecedores de redes 5G, e decidiu utilizar apenas tecnologia Nokia e Huawei em sua infraestrutura daqui para a frente. A decisão se deu em função dos ganhos econômicos, informou Marco Di Costanzo, CTO da operadora.

Segundo ele, a Ericsson, que participava da implantação da tele, tem ainda contratos com a TIM, mas não trabalhará na ampliação da rede da companhia – algo que será feito apenas pelas rivais.

“Completamos o rearranjo dos fornecedores da nossa rede de acesso, que ficou com Huawei e Nokia. Com isso, reduzimos o total cost of ownership, o Opex, que é custo de manutenção, o Capex e custos com ocupação de torres. Ainda teremos Capex de R$ 4,5 bilhões no ano, como previsto, mas este investimento terá mais eficiência”, falou o executivo. O prazo dos novos contratos não foi especificado.

Um dos resultados deste acordo será o uso pioneiro de uma nova antena, desenvolvida pela Huawei, que segundo a operadora tem capacidade 50% superior e cobertura 30% maior que as estações móveis tradicionais. Com isso, a TIM prevê expansão mais rápida, a custo menor, de sua rede celular.

Torreiros

A TIM também age em outra frente para reduzir despesas: a renegociação de contratos com torreiras. “A tendência é reduzir as despesas com leasing [de torres] no segundo semestre”, afirmou Andrea Viegas, CFO da TIM.

Além das conversas sobre as torres em geral, a empresa tem realizado descomissionamentos em função do acordo de RAN Sharing e Single Grid no 2G com a Vivo. Até o momento, desativou 6,4 mil sites, em 1,3 mil cidades – metade da meta planejada para o projeto.

Segundo Viegas, o descomissionamento em função do acordo com a Vivo deve ser concluído no final do ano, ou no começo de 2025. Ela atribuiu parte da alta da margem EBITDA a este processo. A rubrica passou de 36,9% no segundo trimestre de 2023, para 39% no segundo trimestre deste ano.

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Rafael Bucco

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