TIM prepara lançamento de planos de banda larga fixa de 1 e 2 Gbps

Planos mais rápidos vão contribuir para aumentar o faturamento da TIM com banda larga fixa. Qualquer cliente ou potencial cliente que esteja em área coberta pela rede FTTH da operadora poderá assinar o serviço.

A TIM vai lançar até o final de outubro planos de 1 Gbps e 2 Gbps. Qualquer cliente ou não cliente em área coberta pela rede FTTH (fibra até a casa do cliente) poderá assinar o serviço.

Na conferência de resultados do segundo trimestre e em coletiva de imprensa realizadas na manhã desta terça, 27, o CEO da companhia, Pietro Labriola, não quis antecipar preços. Questionado se a cobrança ficaria na faixa dos R$ 200, como já acontece com ofertas de rivais em planos de 1 Gbps, ele afirmou que ainda é cedo para antecipar este número por ser “estratégico”.

Mas ressaltou que a venda de planos de 1 Gbps e 2 Gbps vai ampliar as receitas no segmento. Atualmente, a TIM tem receita média por usuário (ARPU) FTTH de R$ 109,5. “Não posso falar o preço, mas imagine que se fosse R$ 200, já será um ARPU muito mais alto que o atual”, ressaltou.

Com o lançamento, a TIM pretende fazer frente aos ISPs, que vêm conquistando mercado há pelo menos cinco anos. Segundo Labriola, o novos planos vão diferenciar o serviço da empresa uma vez que nem todo provedor de banda larga é capaz de vender acessos com tais velocidades. Muitos, disse, trabalham com overbooking de rede e não têm capital para fazer a evolução da redes no ritmo necessário para enfrentar a operadora com a nova oferta, avaliou. O overbooking de rede consiste em vender mais contratos de banda larga do que a rede é capaz de suportar no caso de acessos simultâneos.

Labriola também disse que o lançamento transmite a mensagem de que a operadora vai brigar por esse cliente fixo e que sua a infraestrutura é competitiva. Ele está confiante que a parceria com a IHS, que comprou 51% da Fiberco da TIM, permitirá a expansão agressiva das ofertas de banda larga fixa.

Espaço para todos

Apesar do discursos agressivo, Labriola observou que o Brasil é extenso e há oportunidades em fibra óptica para muitos players. “Tem espaço para mais de um player para cobrir os diferentes estados”, disse. Mas ressaltou que, a seu ver, as cidades terão no máximo dois competidores em rede óptica.

“Não tem lugar no mundo em que dá pra ter mais de um ou dois players investindo em FTTH no mesmo local. Haverá um processo natural em que alguém vai mudar do slogan para a realidade. Estamos confiantes que nossa estratégia é baseada em uma rede confiável e com isso vamos poder competir em diferentes áreas”.

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Rafael Bucco

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